Dívida pública federal cai 0,28% em setembro, mas custo aumenta, mostra Tesouro

Publicado em 29/10/2025 14:40 e atualizado em 29/10/2025 15:18

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BRASÍLIA (Reuters) - A dívida pública federal caiu 0,28% em setembro ante agosto, para R$8,122 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, em período também marcado por uma elevação no custo para rolagem dos títulos públicos.

No mês, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) caiu 0,31% em termos nominais, somando R$7,820 trilhões, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) aumentou 0,43% e atingiu R$301,5 bilhões.

Contribuiu para o recuo da dívida pública no mês passado um resgate líquido de R$100 bilhões da dívida mobiliária interna registrado no período, parcialmente neutralizado por uma incorporação de juros no valor de R$75,7 bilhões na dívida interna.

O Tesouro destacou que em setembro a redução de juros pelo banco central dos Estados Unidos e a perspectiva de aceleração no ritmo de cortes na taxa aumentaram o apetite ao risco no mercado e levaram a uma queda dos juros futuros para períodos mais longos, também refletindo a política monetária no Brasil e dados globais.

Ainda assim, de acordo com as informações da pasta, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve uma elevação no mês passado, indo de 11,65% ao ano em agosto para 12,00%.

O custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna, por sua vez, subiu de 13,70% para 13,74% ao ano.

Em relação ao perfil de vencimentos da dívida pública, o Tesouro informou que o prazo médio do estoque passou de 4,09 anos para 4,16 anos em setembro.

A reserva de liquidez, por sua vez, passou de R$1,134 trilhão em agosto para R$1,032 trilhão em setembro. O valor é suficiente para quitar 9,33 meses de vencimentos de títulos, contra 7,78 registrados um mês antes.

Em relação ao mês de outubro, o Tesouro apontou que a expectativa de cortes de juros nos EUA impulsionou ativos de países emergentes, ponderando que a percepção de risco no Brasil foi afetada por incertezas fiscais.

 

(Por Bernardo Caram)

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Fonte:
Reuters

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