Economias emergentes enfrentam teste de financiamento restrito com desaceleração econômica, diz FMI
Por Karin Strohecker e Rodrigo Campos
WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta terça-feira sua perspectiva de crescimento em 2025 para economias emergentes, incluindo México e China, alertando que as condições de financiamento mais apertadas e a escassez de capital para o desenvolvimento podem causar dor aos países em desenvolvimento.
Espera-se que as ondas de tarifas anunciadas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a incerteza política prejudiquem o crescimento global, à medida que a economia mundial emerge de grandes choques, como a pandemia da Covid-19 e a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia.
Em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI diminuiu as previsões de crescimento econômico para os mercados emergentes e economias em desenvolvimento para este ano e 2026 a 3,7% e 3,9%, respectivamente, reduzindo cerca de meio ponto percentual em relação às estimativas anteriores de janeiro.
As mais recentes previsões marcam uma forte desaceleração em relação ao crescimento de 4,3% estimado para 2024.
"Nessa conjuntura, embora a situação permaneça fluida, os riscos continuam firmemente inclinados para o lado negativo", disse o FMI.
Entre projeções individuais, o México viu sua previsão de crescimento ser reduzida em 1,7 ponto percentual e agora espera-se que sua economia - intimamente ligada aos EUA - tenha uma contração de 0,3% neste ano.
A previsão da China foi reduzida em 0,6 ponto percentual e em quase o mesmo valor no próximo ano, depois que a segunda maior economia do mundo se viu na mira da Casa Branca por conta de imposições comerciais.
A previsão de crescimento da Rússia para 2025 foi elevada em 0,1 ponto percentual, a 1,5%, mas isso representa uma forte desaceleração em relação à expansão do PIB estimada em 4,1% no ano passado.
O espaço fiscal para muitas economias emergentes está muito mais apertado do que há uma década, segundo o Fundo, ao mesmo tempo em que o valor gasto com o serviço da dívida fora das receitas fiscais está aumentando.
"A resiliência demonstrada por muitas das grandes economias de mercados emergentes pode ser testada à medida que o serviço da dívida se torna mais desafiador em condições financeiras globais desfavoráveis", disse o relatório.
Embora os custos do serviço da dívida permaneçam abaixo dos níveis pandêmicos nos países que contraíram empréstimos em condições favoráveis durante a pandemia, a necessidade de rolagem em tempos de aumento dos custos de empréstimos fará com que as taxas efetivas os ultrapassassem.
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