Minério de ferro cai com tensão comercial sino-americana e incerteza sobre estímulos da China
Por Amy Lv e Colleen Howe
PEQUIM (Reuters) - Os preços futuros do minério de ferro caíram nesta quarta-feira, com a nova escalada da tensão comercial entre China e Estados Unidos aumentando os temores relacionados às perspectivas da demanda, enquanto também se intensificaram as dúvidas sobre a possibilidade de estímulos na China após uma série de dados otimistas.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China recuperou parte das perdas registradas mais cedo e encerrou as negociações do dia com queda de 0,14%, a 708 iuanes por tonelada.
O minério de ferro de maio, referência na Bolsa de Cingapura, caiu 1,28%, para US$97,45 a tonelada.
A economia da China cresceu 5,4% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, superando as estimativas, sustentada pelo consumo sólido e pela produção industrial.
Além disso, os preços das casas novas na China ficaram estáveis em março em relação ao mês anterior, sinalizando uma ligeira melhora em relação a fevereiro, quando os preços caíram 0,1% em relação ao mês anterior.
As esperanças de que Pequim revele um estímulo agressivo para combater os choques tarifários dos EUA para atingir a meta de crescimento anual diminuíram um pouco, pressionando para baixo o mercado de ferrosos.
O enfraquecimento dos preços ocorreu apesar dos sinais de menor oferta e demanda resiliente.
A Rio Tinto informou seus menores embarques de minério de ferro para um primeiro trimestre desde 2019 e alertou que mais eventos climáticos poderiam levar a empresa a não atingir sua previsão para 2025.
A mineradora brasileira Vale produziu 67,7 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 4,5% em relação ao ano anterior.
A produção de aço bruto da China em março subiu 4,6% em relação ao ano anterior, incentivada por margens mais altas e exportações robustas.
"A demanda por aço tem mostrado sinais de abrandamento desde a semana passada; o impacto das tensões comerciais sobre as exportações provavelmente não aparecerá até maio", disse Zhuo Quiqiu, analista da corretora Jinrui Futures.
(Reportagem de Amy Lv e Colleen Howe)
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