Avaliação de Lula piora e desaprovação se descola de aprovação, diz Genial/Quaest

Publicado em 02/04/2025 07:55 e atualizado em 02/04/2025 08:40

Logotipo Reuters

 

BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou uma deterioração em março, mostrou pesquisa Genial/Quaest, e a desaprovação se descolou da aprovação, avançando com 15 pontos percentuais de diferença.

Segundo a pesquisa, 27% dos entrevistados avaliaram o governo como "positivo" em março. Na rodada anterior, em janeiro, eram 31%. Os que consideram a gestão regular ou negativa oscilaram de 28% em janeiro para 29% em março, e de 37% para 41% respectivamente.

Já a aprovação caiu de 47% para 41%, enquanto a desaprovação subiu de 49% para 56%.

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos

O levantamento aponta ainda que a piora dos índices foi percebida inclusive no Nordeste, tradicional base de apoio do presidente. Também sugere que o eleitorado ainda não sentiu os efeitos das medidas recentemente tomadas pelo governo -- a adoção de alíquota zero para importação de alimentos e o anúncio da isenção do Imposto de Renda para os que ganham até R$5 mil por mês.

Os números que comparam o governo Lula ao de Jair Bolsonaro apresentaram uma inversão em relação a janeiro.

Os 37% que avaliavam o governo Lula como pior do que o de Bolsonaro em janeiro subiram em março para 43%, enquanto agora 39% avaliam o atual governo como melhor do que o anterior, o que representa o limite do empate técnico -- em janeiro, essa parcela correspondia a 42%.

É a primeira vez que numericamente a parcela que acha o governo Lula pior é maior do que a parcela que o considera melhor.

A maior parte dos entrevistados -- 56% -- afirmou que tomou conhecimento das tarifas zeradas de importação de alimentos no momento da pesquisa. Outros 44% disseram que já tinham conhecimento da medida.

No caso da isenção do Imposto de Renda, 53% disseram que sabiam da medida, enquanto 46% ficaram sabendo do tema enquanto eram entrevistadas para a sondagem.

Quando o assunto é tributação de grandes rendas, 59% disseram concordar, enquanto 31% discordaram.

A percepção sobre a economia também trouxe números piores para o governo. Para 56% dos entrevistados, a economia do Brasil piorou nos últimos 12 meses -- em janeiro eram 39%. Os que acreditam que ela melhorou passaram de 25% para 16% no mesmo período.

A despeito dos dados positivos sobre a criação de empregos no país, 53% avaliam que está mais difícil conseguir um emprego, contra 45% em janeiro. Os 43% em janeiro que consideravam estar mais fácil conseguir um emprego caíram para 35%.

Fora do quesito economia, a violência é citada como uma das maiores preocupações dentre os entrevistados, com 29%, seguida de questões sociais, com 23%, e da economia, com 19%. Saúde, corrupção e educação são citadas por parcelas menores.

O levantamento aponta ainda que 37% se informam sobre política pela TV, e 36% pelas redes sociais.

A pesquisa foi realizada entre 27 e 31 de março, com 2004 pessoas.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

2 comentários

  • Elvio Zanini Sinop - MT

    Não há mais Esperança do Gov. recuperar , O crescimento da Econômia, nos próximos 2 anos ?

    0
  • Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC

    Parece que aos poucos o eleitor está percebendo a armadilha em que seu voto colocou a nação brasileira ao apostar na preferência pelo estado brasileiro, ao invés de apostar na nação brasileira. Mas nas próximas eleições ainda temos tempo de corrigir isto, votando em candidatos que se proponham a diminuir o tamanho do estado em favor da nação. Nunca nos esqueçamos que as guerras sempre são feitas pelo Estado e, não, pela nação. Por isso é importante sua reflexão na hora de votar.

    0