Dólar tem leve baixa ante o real com decisões de Fed e BC e leilão em foco

Publicado em 29/01/2025 09:36

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Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista tinha leve baixa ante o real nesta quarta-feira, com os investidores à espera das decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central mais tarde, enquanto também aguardam um novo leilão a ser realizado pela autarquia ainda no período da manhã.

Às 9h27, o dólar à vista caía 0,17%, a 5,8589 reais na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a 5,873 reais na venda.

O banco central dos EUA anunciará sua primeira decisão de juros do ano às 16h (horário de Brasília), com ampla expectativa nos mercados globais de que as autoridades mantenham a taxa de juros, após três reuniões consecutivas com cortes.

Os investidores estão mais ansiosos, no entanto, pela declaração que acompanha a decisão e pela coletiva de imprensa do chair Jerome Powell ao fim da reunião, em que buscarão indícios sobre a visão dos membros sobre a trajetória dos juros e sobre os primeiros dias de Donald Trump na Presidência.

No encontro de dezembro, o Fed diminuiu sua projeção de cortes de juros neste ano para apenas duas reduções, ante quatro na previsão de setembro, sinalizando uma abordagem cautelosa em meio a um mercado de trabalho resiliente e uma inflação persistente.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) divulga sua decisão após o fechamento dos mercados, com a precificação de operadores indicando uma alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, para 13,25% ao ano, como foi sinalizado pela própria autarquia em dezembro.

Esta é a primeira reunião do Copom sob o comando do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, que contará ainda com a presença de mais três diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Dois eventos norteiam o mercado hoje: reuniões de política monetária nos EUA e no Brasil", disse Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

"Copom precisará ser muito preciso no comunicado... Uma postura mais conservadora, ou a expectativa para isso, fortaleceria o real", completou, indicando que o aumento do diferencial de juros entre EUA e Brasil torna a moeda brasileira mais atrativa.

Pela manhã, entretanto, parte de foco estará em torno da realização de um novo leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) anunciado pelo BC na véspera, com oferta total de 2 bilhões de dólares.

A operação será realizada das 10h20 às 10h25 e tem o objetivo de rolar linhas que vencerão em 4 de fevereiro.

Nos próximos dias, os investidores avaliarão números do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro e dos EUA -- ambos na quinta-feira -- e uma leitura de inflação nos EUA -- na sexta-feira.

Também estão no radar as ameaças tarifárias de Trump, que havia sinalizado que poderia impor tarifas de 25% sobre os produtos de México e Canadá até 1º de fevereiro.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,20%, a 108,140.

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Fonte:
Reuters

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