Ibovespa recua, mas sustenta patamar dos 124 mil pontos

Publicado em 28/01/2025 11:51 e atualizado em 28/01/2025 13:22

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta terça-feira, mas ainda sustentando o patamar dos 124 mil pontos, depois de subir quase 2% no pregão anterior, enquanto os futuros acionários norte-americanos tentavam retomar fôlego após a liquidação da véspera.

Às 11h15, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, caía 0,36%, a 124.412,91 pontos, tendo marcado 124.262,81 pontos na mínima e 124.880,76 pontos na máxima da sessão até o momento.

O volume financeiro somava 2,47 bilhões de reais.

O índice da bolsa paulista se descolou dos indicadores de Nova York na segunda-feira, quando o S&P 500 e o Nasdaq caíram em meio à "ameaça" de um modelo de inteligência artificial de baixo custo desenvolvido pela startup chinesa DeepSeek.

O presidente norte-americano, Donald Trump, também prometeu impor tarifas sobre as importações de cobre e alumínio dos Estados Unidos, o que, segundo analistas e participantes do setor, pode resultar em custos mais altos para os consumidores locais.

Para o analista de ativos Bruno Benassi, da Monte Bravo, o movimento do Ibovespa reflete, em parte, os receios em relação à fala de Trump e seus possíveis impactos no setor de commodities.

Ele também destacou a expectativa em torno das decisões sobre juros ao redor do mundo, incluindo o Federal Reserve, o Banco Central do Brasil e o Banco Central Europeu, na chamada "Super Quarta".

"O mercado também está um pouco nesse compasso de espera para isso", afirmou.

Já para a analista de renda variável Bruna Sene, da Rico, a baixa no dia aponta para uma "correção técnica dos movimentos vistos ontem", quando o índice fechou pela primeira vez no ano acima de 124 mil pontos.

O time de análise técnica do Itaú BBA também classificou o desempenho de segunda como uma "surpresa positiva", destacando que parece haver uma janela de oportunidades para operações de compra.

"Mas calma, ainda não é uma tendência de alta anunciada. Precisa fechar acima e se manter acima dos 125.400 pontos", afirmaram em relatório Diário do Grafista.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN ganhava 0,24%, com a força dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent tinha acréscimo de 1,36%. Na segunda-feira, reportagem da Folha de S.Paulo apontou que a presidente da estatal, Magda Chambriard, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a companhia deverá reajustar o preço do diesel nas próximas semanas. A Petrobras também divulgou na noite da véspera que sua produção total de óleo e gás natural alcançou 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2024.

- VALE ON mostrava declínio de 1%, antes da divulgação do seu relatório de produção e vendas do quarto trimestre, após o fechamento dos mercados. Na China, os mercados financeiros estarão fechados de 28 de janeiro a 4 de fevereiro devido ao feriado do Ano Novo Lunar.

- WEG ON subia 1,8%, em movimento de recuperação após a forte queda da véspera diante de incertezas sobre gastos necessários com a infraestrutura de inteligência artificial e receios envolvendo potenciais tarifas comerciais no México.

- IRB(RE) ON avançava 2,87%, no segundo pregão seguido positivo, acumulando na semana até agora valorização de quase 5%.

- HAPVIDA ON ganhava 1,26%, estendendo a alta da véspera em meio à convocação de assembleia de acionistas para 18 de fevereiro a fim de incluir uma "poison pill" em seu estatuto. Analistas do BTG Pactual disseram em relatório que a medida parece "amplamente defensiva, considerando a forte venda das ações e o momento operacional desafiador da empresa", acrescentando que o movimento deve proteger minoritários e preservar os interesses dos acionistas controladores.

- BRADESCO PN caía 0,86%, ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,6%, BANCO DO BRASIL ON recuava 0,9% e SANTANDER BRASIL UNIT desvalorizava-se 0,6%, em sessão negativa para bancos do Ibovespa.

(Reportagem de Patricia Vilas Boas)

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Fonte:
Reuters

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