Rio Tinto tem queda nos embarques de minério de ferro, mas vê resiliência da economia global
(Reuters) - A Rio Tinto divulgou nesta quinta-feira o menor volume anual de embarques de minério de ferro em dois anos, em parte devido às fortes chuvas na Austrália Ocidental que afetaram a produção no quarto trimestre, mas disse que a economia global estava mostrando sinais de resiliência.
Os embarques de minério de ferro da Rio Tinto caíram 1% no quarto trimestre, ficando ligeiramente aquém das expectativas do mercado.
Para o ano civil, a mineradora embarcou 328,6 milhões de toneladas de minério de ferro de Pilbara, o menor valor desde 2022. A companhia está sob a ameaça da rival brasileira Vale, que pode potencialmente retomar o título de maior produtora do mundo. A Vale espera produzir de 323 a 330 milhões de toneladas em 2024.
"A economia global está mostrando resiliência com a moderação da inflação e a estabilização do crescimento, embora os riscos de tensões geopolíticas e a persistente escassez de mão de obra permaneçam", disse a Rio Tinto em um comunicado.
A Rio Tinto está enfrentando o esgotamento de algumas de suas principais minas e vem mantendo a produção com níveis mais altos do produto de baixo teor SP10, que representou um quarto das remessas no quarto trimestre.
A expectativa é de que os níveis elevados sejam mantidos até que seus projetos de substituição entrem em operação no final da década.
O consumo de aço na China, principal mercado para o minério de ferro, diminuiu devido a uma desaceleração no setor imobiliário do país.
A empresa espera que os custos de produção de minério de ferro na região de Pilbara se aproximem do limite superior de suas projeções para 2024, de 21,75 a 23,50 dólares por tonelada, principalmente devido ao aumento das despesas com insumos e à menor produção.
No trimestre, a Rio embarcou 85,7 milhões de toneladas da commodity siderúrgica nos três meses encerrados em 31 de dezembro, abaixo dos 86,3 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior.
A Rio previu embarques entre 323 milhões e 338 milhões de toneladas para 2025.
(Reportagem de Roushni Nair e Roshan Thomas em Bengaluru, Melanie Burton em Sydney)
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