Presidente do BC do Japão promete continuar elevando juros com foco em riscos

Publicado em 06/01/2025 08:42

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Por Leika Kihara e Yoshifumi Takemoto

TÓQUIO (Reuters) - O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse nesta segunda-feira que o banco central aumentará ainda mais a taxas de juros se a economia continuar a melhorar, embora tenha enfatizado a necessidade de considerar vários riscos ao decidir quando puxar o gatilho.

No mês passado, Ueda citou a incerteza sobre as políticas econômicas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e as perspectivas salariais internas do Japão como motivos para adiar o aumento da taxa de juros.

O Banco do Japão tem dito repetidamente que aumentos salariais sustentados e generalizados são um pré-requisito para aumentar os custos dos empréstimos, e o primeiro-ministro Shigeru Ishiba prometeu nesta segunda-feira tomar medidas para aumentar o salário mínimo do Japão e o consumo.

"Durante o período de deflação do Japão, as empresas aumentaram os dividendos e os investimentos no exterior. Mas o investimento doméstico e o consumo não tiveram impulso. Finalmente estamos vendo alguns sinais brilhantes de mudança", disse Ishiba em uma coletiva de imprensa.

Ueda disse esperar que o ímpeto do ano passado na direção de atingir de forma sustentável a meta de inflação de 2% do banco central continue em 2025.

"Se as condições econômicas e de preços continuarem a melhorar, o Banco do Japão aumentará sua taxa de juros de acordo", disse Ueda em comentários em um evento de Ano Novo organizado por um lobby do setor bancário.

"O momento para ajustar o grau de suporte monetário dependerá da evolução econômica, financeira e de preços no futuro. Também precisamos estar atentos a vários riscos", acrescentou.

Depois de encerrar o estímulo monetário maciço e aumentar os juros para 0,25% no ano passado, o banco centra japonês manteve os mercados em dúvida sobre quando poderia realizar novo aumento. Enquanto alguns investidores apostam na reunião do banco em 23 e 24 de janeiro, outros veem uma chance maior em março ou depois.

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Fonte:
Reuters

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