Saldo comercial do Brasil crescerá 23,7% em 2025 com exportação do agro e indústria, diz AEB
SÃO PAULO (Reuters) - O saldo comercial brasileiro deverá crescer 23,7% em 2025 em relação a 2024, para cerca de 93 bilhões de dólares, com impulso das exportações da agropecuária e da indústria de transformação, enquanto as importações ficarão praticamente estáveis, de acordo com previsões da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgadas nesta terça-feira.
As exportações da indústria de transformação deverão aumentar 7,8%, para 195,3 bilhões de dólares, enquanto a receita com as exportações da agropecuária foram vistas em 81,1 bilhões de dólares, crescimento de quase 10%.
Considerando a indústria extrativa, que deverá apresentar recuo de 2,5%, para 80,7 bilhões de dólares, segundo a AEB, o total exportado pelo Brasil deverá avançar 5,7%, para 358,8 bilhões de dólares. Já a importação brasileira foi projetada em 265,8 bilhões de dólares.
Para o presidente da AEB, José Augusto de Castro, "não obstante as quedas de preços e/ou de volumes observadas nos dois últimos anos, por razões diversas, as exportações de commodities permanecem como motor de sustentação das exportações brasileiras".
A soja deverá voltar a ocupar a liderança na receita exportadora do Brasil, após perdê-la para o petróleo em 2024, com 49,5 bilhões de dólares, o que significaria aumento de quase 15% na comparação anual diante de uma esperada recuperação da safra do país, o maior produtor e exportador global da oleaginosa.
Já o petróleo deverá ter receita de 44,1 bilhões de dólares em 2025, baixa de 0,6% em relação a 2024.
Os embarques minério de ferro deverão render 28,56 bilhões de dólares, queda de 4,4% na mesma comparação.
A AEB projeta novo forte crescimento nas exportações de café, para 13,6 bilhões de dólares, com avanço de 17,5% ante os recordes de 2024.
A exportação de açúcar, por sua vez, deverá recuar 5,3%, para 17,8 bilhões de dólares, enquanto a de óleos combustíveis de petróleo cairá 6,2%, para 11,2 bilhões de dólares.
As carnes bovinas e de aves deverão apresentar novos fortes crescimentos, rendendo juntas quase 25 bilhões de dólares.
(Por Roberto Samora)
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