Ibovespa fecha em queda, mas assegura resultado positivo na semana

Publicado em 18/10/2024 17:07 e atualizado em 18/10/2024 17:50

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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com uma queda discreta nesta sexta-feira, com Petrobras entre as maiores pressões de baixa, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no exterior, assim como Vale, que caiu na esteira do recuo do minério de ferro.

A alta nas taxas dos contratos de DI, conforme persistem receios com a cena fiscal no país, também minou o desempenho de ações na bolsa paulista, principalmente aquelas atreladas a consumo ou com níveis de endividamento elevados.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,22%, a 130.499,26 pontos, após marcar 131.724,66 pontos na máxima e 130.121,08 pontos na mínima da sessão. Na semana, porém, ainda assegurou um ganho de 0,39%.

O volume financeiro somou 22,1 bilhões de reais no pregão desta sexta-feira, marcado também pelo vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista.

Na visão de Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, parte da queda do Ibovespa refletiu preocupações com o crescimento da economia chinesa.

"Apesar de alguns indicadores da China terem vindo acima das expectativas... o mercado ainda está cético quanto ao potencial de recuperação sustentável do país, o que afeta diretamente setores como mineração e petróleo", destacou.

Na China, o crescimento do PIB no terceiro trimestre desacelerou em relação ao segundo trimestre, para 4,6%, mas ficou um pouco acima da previsão de economistas 4,5%.

Dados sobre as vendas no varejo e a produção industrial na segunda maior economia do mundo em setembro também ficaram acima do esperado, enquanto o banco central deu início a esquemas para injetar 112 bilhões de dólares naquele mercado de ações.

Iarussi ainda citou a falta de clareza sobre a disposição do governo brasileiro em cortar despesas para conter o aumento do déficit público como outro componente negativo para a bolsa.

"Investidores estão à espera de ações efetivas do governo em relação ao controle dos gastos públicos antes de baixar a guarda", pontuou.

DESTAQUES

- WEG ON recuou 1,78%, na segunda queda seguida em meio a movimentos de realização de lucros após renovar máxima histórica na quarta-feira, a 57,19 reais. No ano, os papéis ainda acumulam uma valorização de quase 55%.

- VALE ON cedeu 0,35%, após avançar mais de 1% na máxima nos primeiros negócios, sucumbindo à queda dos futuros do minério de ferro na Ásia.

- PETROBRAS PN fechou em queda de 0,27%, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent caiu 1,87%. PETROBRAS ON perdeu 0,54%.

- CARREFOUR BRASIL ON caiu 4,25% e GPA ON perdeu 3,06%, afetados pelo movimento na curva de juros. ASSAÍ ON, por sua vez, subiu 0,42%, após reduzir pela metade sua projeção de abertura de lojas em 2025.

- MARFRIG ON avançou 5,97%, com analistas do Goldman Sachs recomendando a compra dos papéis. No setor MINERVA ON subiu 3,12%, BRF ON fechou em alta de 1,93% e JBS ON valorizou-se 0,29%.

- BRADESCO PN subiu 0,79%, em dia de desempenho misto entre os bancos do Ibovespa. ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,48% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 0,35%, mas BANCO DO BRASIL ON fechou com decréscimo de 0,11% e BTG PACTUAL UNIT perdeu 0,18%.

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Fonte:
Reuters

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