Barkin, do Fed, diz que empresas dos EUA podem abandonar abordagem atual e fazer mais demissões
Por Howard Schneider
WASHINGTON (Reuters) - É improvável que a abordagem de "baixa contratação e baixa demissão" que as empresas norte-americana têm adotado em suas decisões de emprego perdure, disse o presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, em comentários recém-divulgados, citando o risco de que as corporações possam recorrer a demissões caso a economia enfraqueça.
As preocupações com o mercado de trabalho têm se intensificado no banco central dos Estados Unidos nas últimas semanas e são uma das principais razões pelas quais o chair do Fed, Jerome Powell, disse em um discurso na sexta-feira que cortes de juros são necessários para evitar qualquer erosão adicional e indesejada na taxa de desemprego do país.
Isso não está acontecendo ainda, uma vez que as empresas continuam relutantes em demitir funcionários, mesmo que tenham se tornado mais conservadoras no preenchimento de cargos, disse Barkin em comentários ao podcast "Odd Lots" da Bloomberg, que foi gravado na sexta-feira no simpósio econômico de Jackson Hole e divulgado nesta segunda-feira.
Mas "ou a demanda continuará e as pessoas começarão a contratar novamente, ou começaremos a ver demissões", disse Barkin. "Estamos em um modo de baixa contratação e baixa demissão. Isso não parece ser algo que vá persistir. Vai se deslocar para a esquerda ou para a direita."
A taxa de desemprego tem aumentado constantemente este ano para os atuais 4,3%, mas isso foi impulsionado por uma combinação de contratações mais lentas e um número crescente de pessoas procurando trabalho, enquanto as demissões permanecem em níveis baixos.
A proteção contra os riscos ao mercado de trabalho é uma das razões pelas quais as reduções na taxa de juros do Fed são agora praticamente certas na reunião de 17 e 18 de setembro.
Barkin disse que está adotando uma abordagem de "teste e aprendizado" para as reduções dos juros, provavelmente apontando para seu apoio a uma redução inicial de 0,25 ponto percentual, em oposição ao corte maior de 0,5 ponto que alguns analistas dizem que seria apropriado.
Ele observou que a inflação continua 0,5 ponto percentual acima da meta de 2% do Fed e que os cortes nos juros podem, com o tempo, contribuir para uma inflação mais forte, aumentando a demanda por imóveis e outros itens.
No entanto, Barkin disse que a confiança na redução das pressões de preços aumentou, principalmente porque a desinflação se tornou mais evidente de forma mais ampla -- e não apenas focada no setor de bens.
"Tivemos leituras muito baixas por quatro meses consecutivos, e agora isso ocorre em toda a cesta de produtos, ao passo que há seis ou oito meses era apenas no setor de bens", disse Barkin. "Portanto, a preocupação com a reaceleração da inflação definitivamente diminuiu."
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