Mercado melhora projeções para déficit fiscal em 2024 e 2025, mas vê dívida pública maior, mostra Prisma

Publicado em 14/08/2024 16:10

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BRASÍLIA (Reuters) - Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram suas previsões para o resultado primário do governo em 2024 e 2025, mas elevaram as projeções para a dívida pública bruta nos dois anos, mostrou nesta quarta-feira o relatório Prisma Fiscal de agosto.

Segundo o boletim, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de 73,500 bilhões de reais em 2024, ante visão anterior de déficit de 81,424 bilhões de reais. Para 2025, a expectativa para o resultado primário também melhorou, a um déficit de 91,689 bilhões de reais, ante 95,341 bilhões no mês passado.

A melhora na previsão ocorreu após o governo ter anunciado no final de julho um congelamento de 15 bilhões de reais em verbas de ministérios com o objetivo de levar o resultado das contas federais de 2024 para o intervalo de tolerância da meta de déficit primário zero.

A meta também é de déficit zero para o próximo ano, quando o governo prometeu cortar quase 26 bilhões de reais em despesas previdenciárias e de benefícios sociais a partir da revisão de cadastros e combate a fraudes.

Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas consultados pela Fazenda agora esperam que ela chegue a 77,72% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2024, de 77,46% projetados em julho. Em 2025, a previsão é de que a dívida chegue a 80,32% do PIB, ante projeção anterior de 80,10%.

Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para 2024 e 2025. A nova projeção indica a entrada de 2,622 trilhões de reais neste ano, contra 2,613 trilhões estimados no mês anterior. Em 2025, a arrecadação federal é vista em 2,751 trilhões de reais, ante 2,744 trilhões em julho.

Os economistas consultados no Prisma mantiveram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano em 2,209 trilhões de reais. Para 2025, a previsão subiu a 2,343 trilhões de reais, de 2,333 trilhões em julho.

(Por Bernardo Caram)

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Fonte:
Reuters

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