Ações iniciam agosto em queda, conforme dados reacendem temores de desaceleração
Por Chuck Mikolajczak
NOVA YORK (Reuters) - As ações dos Estados Unidos iniciaram o mês de agosto em forte queda, depois que uma série de dados econômicos nesta quinta-feira estimulou preocupações de que a economia norte-americana possa estar desacelerando mais rapidamente do que o previsto, enquanto o Federal Reserve mantém uma política monetária restritiva.
Inicialmente, as ações abriram em alta, impulsionadas em parte pelos ganhos da Meta, depois que seus resultados trimestrais superaram as expectativas e a empresa controladora do Facebook emitiu uma perspectiva otimista para o terceiro trimestre. Suas ações fecharam em alta de 5,87%, sendo o maior impulso para o índice S&P 500.
No entanto, os ganhos iniciais foram desfeitos depois que dados mostraram que uma medida da atividade manufatureira do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) caiu para o nível mais baixo em oito meses em julho, para 46,8, o que indica uma contração.
"Isso gera um medo genuíno de que o Fed esteja atrasado na redução dos juros", Lou Basenese, presidente e estrategista-chefe de mercado da MDB Capital.
"Poucos investidores têm confiança no fato de que o Fed está conseguindo projetar o pouso suave e agora os dados estão começando a apoiar essas preocupações."
O Dow Jones caiu 1,21%, para 40.347,97 pontos. O S&P 500 perdeu 1,37%, para 5.446,68 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq perdeu 2,30%, para 17.194,15 pontos.
Setores defensivos, como o de serviços públicos e o imobiliário lideraram os ganhos, conforme preocupações geopolíticas com o aumento das tensões no Oriente Médio impulsionaram o dólar e reduziram os rendimentos dos Treasuries.
Quedas em megacaps, como Apple, com baixa de 1,68%, e Amazon, que perdeu 1,56%, pesaram muito sobre os setores de tecnologia e de consumo discricionário, que estavam entre os de pior desempenho dos 11 principais do S&P 500.
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