Lula se reunirá com Xi no G20 e quer "parceria estratégica" com a China
(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que terá uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a reunião de cúpula do G20, marcada para o final deste ano no Rio de Janeiro, e afirmou que deseja uma "parceria estratégica" com a China que dure muitos anos.
"Com o Xi Jinping já está certo que nós vamos ter uma bilateral (durante o G20). Nós queremos construir uma parceria estratégica com os chineses, uma coisa de muitos anos", disse Lula em entrevista à rádio Meio, de Teresina, capital do Piauí, onde Lula participará de evento nesta sexta.
Sob a presidência temporária do Brasil neste ano, a reunião do G20 acontecerá em 18 e 19 de novembro, no Rio. Além do encontro do grupo das 20 maiores economias do mundo, Xi Jinping fará uma visita oficial de Estado ao Brasil antes da cúpula.
Na entrevista à radio do Piauí, Lula também foi perguntado se pretendia realizar mudanças na sua equipe ministerial e negou ter essa intenção neste momento.
"Eu não vejo nenhuma necessidade de fazer reforma ministerial. Eu estou satisfeito com os meus ministros", garantiu o presidente, acrescentando que mudanças serão feitas caso considere que são necessárias.
O presidente também disse que a anulação do leilão de arroz importado realizado no início do mês se deu por conta de "falcatrua" de uma empresa, ao mesmo tempo que defendeu a necessidade de importar o produto para não permitir um preço "exorbitante" no produto.
Lula também foi indagado sobre um projeto que legaliza os jogos de azar no Brasil, que foi aprovado na Comissão de Constituição de Justiça do Senado e agora irá ao plenário da Casa, e disse que, apesar de ser contra jogos de azar e não apostar, não vê motivos para não sancionar a proposta caso ela seja aprovada pelo Legislativo.
"Eu não sou favorável a jogo, não. Mas também não acho um crime. Se o Congresso aprovar e for feito um acordo entre os partidos políticos, não tem por que não sancionar. Agora, eu não acho que é isso que vai resolver o problema do Brasil", afirmou.
(Por Fernando Cardoso e Eduardo Simões, em São Paulo)
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