IGP-DI tem alta de 0,72% em abril, em linha com o esperado
Por Luana Maria Benedito
(Reuters) - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 0,72% em abril, uma reversão expressiva ante a queda de 0,30% no mês anterior, embora o resultado tenha ficado exatamente em linha com as expectativas, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam avanço também de 0,72%. Com o resultado do mês passado o índice passou a acumular em 12 meses queda de 2,32%, desacelerando as perdas ante a baixa de 4,00% vista no acumulado do ano findo em março.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,84% em abril, contra queda de 0,50% registrada no mês anterior.
"O índice ao produtor mostrou aceleração nos preços de commodities importantes, como soja, café e minério de ferro, sendo a primeira a principal responsável pelo aumento da taxa do IPA", explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.
A soja em grão acelerou sua alta a 5,07% no mês passado, ante 2,71% no período imediatamente anterior, enquanto o café em grão disparou 16,05%, de 0,72%. O minério de ferro abandonou queda de 14,37% vista em março para subir 3,68% em abril.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, avançou 0,42% em abril, contra alta de 0,10% antes, com forte pressão dos itens gasolina --que ganhou 1,04%, de 0,35% antes-- e alimentos in natura --com hortaliças e legumes saltando 7,44%, contra queda de 0,54% em março.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,52% em abril, ante 0,28% no mês anterior.
Em abril, o IPCA-15, considerado prévia da inflação medida pelo IPCA, registrou alta de 0,21%, após avanço de 0,36% no mês anterior, resultado que ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,29%.
O Banco Central encerrará nesta quarta-feira sua reunião de política monetária, em meio a incerteza inédita no atual ciclo sobre o ritmo de corte de juros a ser adotado: 0,25 ou 0,50 ponto percentual. A Selic está atualmente em 10,75%.
(Por Luana Maria Benedito)
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