Irã e Paquistão pedem que Conselho de Segurança da ONU tome medidas contra Israel
Por Charlotte Greenfield
ISLAMABAD (Reuters) - O Irã e o Paquistão pediram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, em uma declaração conjunta emitida nesta quarta-feira, que tome medidas contra Israel, dizendo que o país atacou "ilegalmente" países vizinhos e instalações diplomáticas estrangeiras.
A declaração conjunta, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, seguiu-se a uma visita de três dias do presidente iraniano Ebrahim Raisi ao país, em um momento de tensões crescentes no Oriente Médio.
Explosões foram ouvidas na última sexta-feira sobre a cidade iraniana de Isfahan, no que fontes disseram ser um ataque israelense. No entanto, Teerã minimizou o incidente e disse que não tinha planos de retaliação.
"Reconhecendo que o ato irresponsável das forças do regime israelense foi uma grande escalada em uma região já volátil, ambos os lados pediram ao Conselho de Segurança da ONU que impeça o regime israelense de seu aventureirismo na região e de seus atos ilegais atacando vizinhos...", disseram o Irã e o Paquistão em sua declaração conjunta.
Vizinhos muçulmanos, o Irã e o Paquistão estão tentando consertar os laços depois de ataques militares sem precedentes neste ano.
Raisi, que encerrou sua visita e voou para o Sri Lanka nesta quarta-feira, prometeu aumentar o comércio entre o Irã e o Paquistão para 10 bilhões de dólares por ano.
Durante sua visita ao Paquistão, Raisi disse, segundo a agência de notícias oficial iraniana IRNA, que qualquer novo ataque israelense ao território iraniano poderia mudar radicalmente a dinâmica e fazer com que não restasse nada do "regime sionista".
Em 13 de abril, Teerã lançou mísseis e drones contra Israel, no que disse ser uma retaliação ao suposto ataque de Israel ao complexo da embaixada iraniana em Damasco em 1º de abril, mas quase todos foram abatidos.
O Paquistão já havia solicitado a redução da escalada por "todas as partes".
Durante a visita de Raisi, o Irã e o Paquistão prometeram impulsionar a cooperação comercial e energética, inclusive em um grande acordo de gasoduto que sofreu atrasos devido a questões geopolíticas e sanções internacionais.
(Reportagem de Charlotte Greenfield)
0 comentário
S&P 500 e Nasdaq fecham em alta, impulsionados por ações de tecnologia
Ibovespa sobe com esperanças de tarifas mais moderadas nos EUA
Dólar cai mais de 1% após notícia de que governo Trump pode moderar tarifas
Congresso dos EUA certifica vitória eleitoral de Trump para posse em 20 de janeiro
Síria não pode importar trigo ou combustível devido a sanções dos EUA, diz ministro
Exportações de arroz da Tailândia devem cair 25% em 2025, diz associação