Aliados da Ucrânia se reúnem em Paris, e Macron e Zelenskiy alertam para ataques russos
Por Michel Rose e John Irish
PARIS (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta segunda-feira que o consenso entre países europeus é de que eles devem se preparar para possíveis ataques da Rússia nos próximos anos e que mais esforços são necessários para ajudar a Ucrânia financeira e militarmente.
Cerca de 20 líderes europeus estavam reunidos em Paris nesta segunda-feira para enviar uma mensagem ao presidente russo, Vladimir Putin, sobre a determinação da Europa em relação à Ucrânia e contrapor a narrativa do Kremlin de que a Rússia está fadada a vencer uma guerra que já entrou em seu terceiro ano.
“Notei que mais ou menos todos os países representados nesta mesa disseram... que o consenso é de que deveríamos estar prontos para que a Rússia ataque esses países em alguns anos”, disse Macron, em comentários iniciais.
“Todos concordamos que não queremos entrar em guerra com o povo russo, mas estamos determinados a manter a escalada sob controle”, disse, acrescentando que a região tinha o objetivo de ver como podemos “fazer mais em termos de apoio militar e apoio orçamentário”.
Macron convidou líderes europeus ao Palácio do Eliseu para uma reunião organizada às pressas para discutir como ampliar o fornecimento de material bélico à Ucrânia, em meio ao que seus assessores afirmam ser uma escalada das agressões da Rússia nas últimas semanas.
“Queremos enviar uma mensagem muito clara a Putin, de que ele não vencerá na Ucrânia”, disse um assessor presidencial a repórteres antes da reunião. “Nosso objetivo é esmagar essa ideia que ele quer que acreditamos que ele de alguma maneira está vencendo.”
Após sucessos iniciais em empurrar para trás o Exército russo, a Ucrânia sofreu revezes nos campos de batalha no leste, com seus generais reclamando da escassez de armas e soldados.
Falando com os líderes por uma ligação de vídeo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, apoiou o alerta de Macron sobre uma escalada do conflito: “Precisamos garantir que Putin não consiga destruir nossos feitos e não consiga expandir sua agressão para outras nações”.
MAIS MUNIÇÃO
Uma área em que poderá haver progressos é a iniciativa liderada pela República Tcheca de se comprar centenas de milhares de cartuchos de munição e projéteis de outros países, algo em que a França tem sido cautelosa, uma vez que quer dar prioridade ao desenvolvimento da própria indústria europeia.
“O objetivo é coletar dinheiro suficiente para a munição que a Ucrânia precisa”, disse o primeiro-ministro tcheco, Petr Fala, antes de viajar à França.
Fornecimentos de munição se tornaram uma questão crítica para Kiev. A União Europeia não está conseguindo cumprir sua meta de enviar um milhão de cartuchos de artilharia à Ucrânia até março.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, o primeiro-ministro holandês, Mark Tutte, e líderes de nações escandinavas e bálticas, estavam entre os presentes.
Os Estados Unidos, cujo último pacote de auxílio militar à Ucrânia empacou no Congresso, seria representado pelo assistente do secretário de Estado para Assuntos Europeus e Eurasiáticos, Jim O’Brien.
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