Apoiadores de palestinos e israelenses protestam e rezam à medida que guerra se intensifica

Publicado em 13/10/2023 10:40 e atualizado em 13/10/2023 11:56

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(Reuters) - Dezenas de milhares de manifestantes protestaram em países do Oriente Médio e em outros locais, nesta sexta-feira, em apoio aos palestinos e em condenação a Israel, que intensificou seus ataques a Gaza em retaliação aos ataques do Hamas a Israel.

As comunidades judaicas na França e em outros lugares também planejavam realizar atos em solidariedade a Israel após o ataque do Hamas a partir de Gaza, a onda de assassinatos mais mortal contra civis na história de Israel.

A mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, era foco das atenções e um provável ponto de conflito nesta sexta-feira, o dia sagrado muçulmano.

O Hamas, que governa Gaza, convocou os palestinos a se levantarem em protesto contra o bombardeio israelense no enclave costeiro bloqueado, conclamando-os a marcharem até a mesquita e a confrontarem as tropas israelenses na Cisjordânia ocupada.

O complexo na Cidade Velha murada de Jerusalém Oriental é o terceiro local mais sagrado do Islã, depois de Meca e Medina, e o mais sagrado para os judeus, que se referem a ele como o Monte do Templo.

O ataque do Hamas - considerado uma organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e outros governos - às comunidades israelenses no último fim de semana matou pelo menos 1.300 pessoas. A maioria era civil, incluindo mulheres e crianças.

Desde então, Israel vem atacando Gaza com ataques aéreos e fogo de artilharia, e mais de 1.500 palestinos foram mortos. Uma invasão terrestre do enclave sitiado parece ser iminente.

Os governos ocidentais e muitos cidadãos têm demonstrado forte apoio e solidariedade a Israel em relação aos ataques do Hamas, mas a resposta israelense também provocou raiva, principalmente em grande parte do mundo árabe e muçulmano.

DOR EM AMBOS OS LADOS

Em Bagdá, nesta sexta-feira, dezenas de milhares de iraquianos se reuniram na Praça Tahrir, no centro da cidade, agitando bandeiras palestinas e queimando a bandeira israelense enquanto entoavam slogans anti-EUA e anti-Israel.

"Estamos prontos para participar da luta e livrar os palestinos das atrocidades israelenses", disse Muntadhar Kareem, professor de 25 anos.

Atos organizados pelo Estado foram realizados em todo o Irã - cujo governo é o principal apoiador do Hamas e um dos principais inimigos de Israel - em apoio ao grupo militante e contra o bombardeio israelense em Gaza, informou a TV estatal.

"Morte a Israel. Morte ao sionismo!", gritavam os manifestantes, muitos carregando bandeiras palestinas e do poderoso grupo armado libanês Hezbollah.

Na Indonésia, o clérigo islâmico Abu Bakar Bashir, suspeito de ser o mentor dos atentados a bomba em Bali em 2002, que mataram 202 pessoas, juntou-se a dezenas de pessoas em uma marcha contra Israel na cidade de Solo.

Membros da comunidade muçulmana do Japão realizaram um protesto próximo à embaixada israelense em Tóquio. Os participantes seguravam cartazes e entoavam slogans como "Israel, terrorista" e "Palestina livre".

Também foram planejadas manifestações pró-Palestina em Roma, Munique, Istambul, Belgrado e outras cidades.

Do outro lado do conflito, os judeus das cidades europeias também realizariam vigílias e atos em apoio a Israel.

Nos Estados Unidos, as agências de segurança tomaram medidas para proteger as comunidades judaicas e muçulmanas antes dos protestos pró-palestinos.

Na Holanda, as escolas judaicas foram fechadas na sexta-feira por motivos de segurança, enquanto em Londres duas escolas judaicas também fecharam por questões de segurança.

(Por Angus MacSwan)

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Fonte:
Reuters

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