De Guindos, do BCE, diz que pressões sobre preços na zona do euro estão finalmente diminuindo

Publicado em 07/07/2023 08:43 e atualizado em 07/07/2023 09:22

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LONDRES (Reuters) - As pressões da inflação subjacente, um foco importante para o Banco Central Europeu (BCE), estão finalmente diminuindo na zona do euro, mas o aumento dos preços dos serviços pode ser duradouro e manter o crescimento dos preços alto, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, nesta sexta-feira.

O BCE elevou os juros em todas as reuniões ao longo do último ano e prometeu outro aumento neste mês, argumentando que não pode parar de apertar a política monetária até ver uma reviravolta acentuada nas perspectivas dos preços subjacentes, que filtram os custos voláteis de alimentos e energia.

"Embora as pressões de preços subjacentes permaneçam fortes, a maioria dos indicadores começou a mostrar alguns sinais de abrandamento", disse de Guindos em Londres. "Embora ainda amplas pelos padrões históricos, as medidas de inflação subjacente começaram a diminuir recentemente."

Ainda assim, de Guindos acrescentou que a inflação continua muito alta, então o trabalho do BCE ainda não acabou, uma observação vista como confirmação de que não há debate sobre uma alta em julho, com a reunião de política monetária seguinte marcada apenas para setembro.

"Podemos ver que, no caso dos serviços, eles são muito mais persistentes", disse de Guindos em uma palestra no King's College London. "A rigidez da inflação de serviços é muito maior."

Os preços dos serviços são especialmente sensíveis à evolução dos salários e os custos trabalhistas estão crescendo muito rapidamente, portanto o BCE precisará observar cuidadosamente se a moderação prevista no crescimento salarial se materializa como as autoridades agora esperam.

Outra questão são as margens de lucro. As empresas aumentaram os preços além dos custos e o BCE agora espera que as margens encolham e absorvam parte do impacto dos salários mais altos.

De Guindos também disse que os aumentos anteriores do BCE continuarão a impactar a inflação nos próximos anos, pois leva tempo para que a política monetária seja transmitida à economia real.

(Por David Milliken e Harry Robertson)

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Fonte:
Reuters

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