Rússia deve estar por trás de colapso em barragem na Ucrânia, dizem especialistas

Publicado em 16/06/2023 10:43

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Por Anthony Deutsch

AMSTERDÃ (Reuters) - É "altamente provável" que o colapso da barragem de Kakhovka, no sul da Ucrânia, tenha sido causado por explosivos plantados por russos, disse uma equipe de especialistas jurídicos que auxilia os promotores ucranianos na investigação em conclusões preliminares divulgadas nesta sexta-feira.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de destruir a barragem de Kakhovka como uma tática apoiada pelo Ocidente para intensificar o conflito.

A Ucrânia está investigando a explosão como um crime de guerra e possível destruição ambiental criminosa, ou "ecocídio".

A vasta represa hidrelétrica de Kakhovka, da era soviética, sob controle russo desde a invasão de 24 de fevereiro, foi rompida nas primeiras horas de 6 de junho, espalhando água por uma faixa do campo de batalha no sul da Ucrânia, destruindo terras agrícolas e cortando o abastecimento de água a uma grande parte da população.

Especialistas do escritório de advocacia internacional de direitos humanos Global Rights Compliance, que está implementando esforços ocidentais para apoiar a responsabilização por atrocidades na Ucrânia, visitaram a região de Kherson em 10 e 11 de junho com o procurador-geral da Ucrânia e uma equipe do Tribunal Penal Internacional.

“As evidências e análises das informações disponíveis – que incluem sensores sísmicos e discussões com importantes especialistas em demolição – indicam que há uma alta probabilidade de que a destruição tenha sido causada por explosivos pré-posicionados em pontos críticos dentro da estrutura da barragem”, informou um resumo de conclusões preliminares da equipe do escritório de advocacia visto pela Reuters.

O advogado sênior Yousuf Syed Khan, da Global Rights Compliance, que participou da missão de campo a Kherson, afirmou que a conclusão de que a barragem foi explodida com explosivos pré-posicionados pelo lado russo "é uma determinação de 80% ou mais".

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Fonte:
Reuters

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