UBS conclui aquisição do Credit Suisse para se tornar gigante da gestão de patrimônio

Publicado em 12/06/2023 07:52

Logotipo Reuters

Por Noele Illien

ZURIQUE (Reuters) - O UBS informou nesta segunda-feira que concluiu a aquisição emergencial do rival local Credit Suisse, criando um banco suíço gigante com um balanço patrimonial de 1,6 trilhão de dólares e maior poder na gestão de patrimônio.

Ao anunciar o maior acordo bancário desde a crise financeira global de 2008, o presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, e o chairman, Colm Kelleher, disseram que isso criará desafios, mas também "muitas oportunidades" para clientes, funcionários, acionistas e a Suíça.

"Este é o início de um novo capítulo -- para o UBS, que se autodenomina o maior gestor de fortunas do mundo, para a Suíça como centro financeiro e para o setor financeiro global", disseram eles em carta aberta publicada em jornais suíços.

Eles não têm dúvidas de que conseguirão lidar com a aquisição com sucesso, acrescentou a carta.

O grupo administrará 5 trilhões de dólares em ativos, dando ao UBS uma posição de liderança em mercados-chave que, de outra forma, precisaria de anos para crescer em tamanho e alcance. A fusão também encerra a história de 167 anos do Credit Suisse, marcada nos últimos anos por escândalos e prejuízos.

Os dois bancos empregam juntos 120.000 pessoas em todo o mundo, embora o UBS já tenha dito que cortará empregos para reduzir custos e aproveitar as sinergias.

O UBS concordou em 19 de março em comprar o credor por um preço irrisório de 3 bilhões de francos suíços (3,32 bilhões de dólares) e até 5 bilhões de francos em perdas presumidas, em um resgate orquestrado pelas autoridades suíças.

Na sexta-feira, o UBS fechou um acordo com o governo suíço sobre as condições de um apoio público de 9 bilhões de francos suíços (10 bilhões de dólares) para perdas decorrentes da liquidação de partes dos negócios do Credit Suisse.

O UBS fechou o acordo em menos de três meses - um cronograma apertado devido à sua escala e complexidade - para fornecer maior segurança aos clientes e funcionários do Credit Suisse e evitar saídas.

Tanto o UBS quanto o governo suíço ofereceram garantias de que a aquisição compensará os acionistas e não se tornará um fardo para o contribuinte. Eles dizem que o resgate também foi necessário para proteger a posição da Suíça como centro financeiro, que sofreria se o colapso do Credit Suisse desencadeasse uma crise bancária mais ampla.

(Reportagem adicional de John O'Donnell)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário