De olho na China, EUA e 5 aliados condenam "coerção econômica" relacionada ao comércio

Publicado em 09/06/2023 10:18 e atualizado em 09/06/2023 11:35

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Por Jeff Mason

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e cinco de seus aliados condenaram nesta sexta-feira o uso de práticas comerciais que equivalem à coerção econômica em uma declaração conjunta que não destacou nenhum país, mas pareceu ter a China como alvo.

Austrália, Reino Unido, Canadá, Japão e Nova Zelândia divulgaram a declaração em conjunto com os Estados Unidos, enfatizando que a "coerção econômica relacionada ao comércio e políticas e práticas não orientadas para o mercado" ameaçam o sistema comercial multilateral e "prejudicam as relações entre países."

Os países expressaram preocupação com "subsídios generalizados", práticas anticompetitivas de empresas estatais, transferência forçada de tecnologia e interferência do governo na tomada de decisões corporativas.

Washington tem levantado regularmente tais preocupações sobre as práticas comerciais de Pequim, e um funcionário do escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos, que falou a repórteres sobre a declaração conjunta, citou a China por impor uma proibição às importações da Lituânia depois que o país permitiu que Taiwan abrisse uma embaixada.

A China, que considera Taiwan governada democraticamente como parte de seu território, suspendeu as importações de carne bovina, laticínios e cerveja da Lituânia no ano passado.

Em maio, Pequim protestou contra as declarações do G7, inclusive sobre coerção econômica, dizendo que os Estados Unidos estavam "fazendo força para tecer uma rede anti-China no mundo ocidental".

Em sua declaração conjunta nesta sexta-feira, os Estados Unidos e seus cinco aliados também levantaram preocupações sobre o trabalho forçado.

"Também estamos seriamente preocupados com o uso de trabalho forçado, incluindo trabalho forçado patrocinado pelo Estado, nas cadeias de abastecimento globais. Todas as formas de trabalho forçado são abusos grosseiros dos direitos humanos e das questões econômicas, e é um imperativo moral acabar com essas práticas", disseram.

(Reportagem adicional de Dan Whitcomb)

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Fonte:
Reuters

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