Dólar recua com otimismo sobre teto da dívida dos EUA e PIB acima do esperado

Publicado em 01/06/2023 09:49 e atualizado em 01/06/2023 11:20

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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava frente ao real nesta quinta-feira, com investidores repercutindo a aprovação na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos do projeto de lei que suspende o teto da dívida de forma a evitar um calote, à espera ainda de um importante relatório de empregos do governo norte-americano.

No Brasil, o mercado digeria dados bem mais fortes do que o esperado sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre.

Às 9:42 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,87%, a 5,0280 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,59%, a 5,0555 reais.

O projeto de lei para suspender o teto da dívida de 31,4 trilhões de dólares dos EUA foi aprovado na quarta-feira com o apoio da maioria de democratas e republicanos e agora seguirá para o Senado, que deve promulgar a medida antes do prazo final de segunda-feira, quando o governo norte-americano deve ficar sem dinheiro para pagar suas contas.

"A aprovação representa um importante passo para evitar que os Estados Unidos sejam forçados a dar um calote na dívida", disse Guilherme Esquelbek, da Correparti Corretora.

No exterior, o dólar alternava estabilidade e leve queda frente a uma cesta de pares fortes, com o mercado também de olho em dados econômicos.

As vagas de emprego privadas dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em maio, sugerindo que o mercado de trabalho desacelerou apenas gradualmente, mostrou um boletim da ADP. O dado foi divulgado antes do relatório mais abrangente do Departamento do Trabalho dos EUA sobre a criação de vagas fora do setor agrícola, agendado para sexta-feira.

Caso também surpreendam para cima, os números podem reforçar as apostas em mais uma alta de juros pelo Fed neste mês, que até pouco tempo atrás haviam sido descartadas pelo mercado.

No Brasil, o IBGE informou que o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento de 1,9% no primeiro trimestre de 2023 em relação aos três meses anteriores, em resultado melhor do que o esperado que mostra recuperação em relação ao final de 2022.

O avanço da atividade foi sustentado em grande parte pelo agronegócio, em meio à perspectiva de safras recordes de grãos. Participantes do mercado têm atribuído a força do agro a um dos fatores por trás de uma recente recuperação do real, uma vez que tem atraído ingressos de recursos no país pela via comercial.

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Fonte:
Reuters

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