Petrobras divulgará nova política de preços, não se prenderá a paridade, dizem fontes
Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras divulgará sua nova política de preços de combustíveis nesta terça-feira e a paridade de importação (PPI) não será a base dos critérios para a companhia realizar reajustes na gasolina e no diesel, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto.
Uma das fontes falou que a nova política poderá ser divulgada a "qualquer momento" e destacou que o preço internacional seguirá sendo "importante referência", mas não "o de paridade de importação".
A informação está em linha com informação divulgada pela CNN Brasil, que noticiou na noite de segunda-feira que a Petrobras deve encerrar a política de preços baseada na paridade de importação, citando duas fontes com conhecimento do assunto. A emissora disse ainda que um comunicado com a informação vai ser divulgado nesta terça.
No domingo, a Petrobras informou em um comunicado que estava discutindo internamente alterações em suas políticas de preço para diesel e gasolina. Na semana passada, em teleconferência de resultados, a direção da companhia disse que haveria um anúncio nesta semana sobre o assunto.
A fonte disse que a nova política de preços deverá prever mais estabilidade e espaçamento entre os reajustes.
"A Petrobras tem condições operacionais que permitem amortecer oscilações especulativas ou eventuais durante períodos sem afetar sua rentabilidade na média", afirmou uma das fontes na condição de anonimato.
Questionada sobre a periodicidade dos reajustes, a fonte evitou entrar em detalhes, mas disse que o objetivo é "mitigar ao máximo a volatilidade".
Questionada se o PPI vai acabar, a fonte disse que a paridade internacional não será a única e obrigatória referência.
"Porque o preço de uma empresa não pode ser montado obrigando-se a praticar o preço do seu concorrente que tem condições piores que a sua", continuou, em linha com a que a nova direção da empresa tem afirmado que fará.
Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.
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