Grupo mercenário russo admite avanço ucraniano; Kiev nega início de contraofensiva
(Reuters) - O líder do grupo mercenário russo Wagner disse nesta quinta-feira que a esperada contraofensiva da Ucrânia já está em andamento e obtendo ganhos nos arredores da cidade de Bakhmut, enquanto Kiev afirmou que seu esforço principal ainda não começou.
As operações ucranianas foram "infelizmente, parcialmente bem-sucedidas", disse nas redes sociais Yevgeny Prigozhin, cuja força de mercenários e condenados recrutados da prisão tem liderado a principal campanha militar da Rússia em Bakhmut, no leste da Ucrânia.
Kiev diz ter empurrado as forças russas para trás nos últimos dois dias perto de Bakhmut em ataques locais de pequena escala, mas uma contraofensiva envolvendo dezenas de milhares de soldados e centenas de novos tanques ocidentais ainda não começou.
"Ainda precisamos de um pouco mais de tempo", declarou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em entrevista a emissoras europeias divulgada nesta quinta-feira.
As forças ucranianas já receberam equipamento suficiente de aliados ocidentais para sua campanha, mas aguardavam a chegada de todo o efetivo para reduzir as baixas, segundo Zelenskiy.
"Com (o que temos) podemos seguir em frente e ter sucesso", disse ele. "Mas perderíamos muita gente. Acho isso inaceitável."
Prigozhin, uma figura que já foi reservada e recentemente tem emitido declarações diárias criticando o comando russo por não abastecer adequadamente seus combatentes, disse que Zelenskiy estava sendo "enganoso" e que a ofensiva ucraniana já estava em andamento.
Enquanto as forças de Prigozhin lutam no centro da cidade, ele disse que a Ucrânia está obtendo ganhos em seus flancos em áreas defendidas por tropas regulares russas, algumas das quais fugiram.
A guerra na Ucrânia está em um ponto de virada, com Kiev pronta para lançar seu novo contra-ataque após seis meses mantendo suas forças na defensiva, enquanto a Rússia montou uma enorme ofensiva de inverno que não conseguiu capturar um território significativo.
Os aliados ocidentais estão enviando centenas de tanques e veículos blindados à Ucrânia para sua contraofensiva e treinaram milhares de soldados ucranianos no exterior.
O principal alvo de Moscou há meses é a pequena cidade de Bakhmut, que esteve perto de capturar, mas ainda não conquistou o que seria seu único prêmio depois de meses do mais sangrento combate terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Antecipando-se à contraofensiva ucraniana, a Rússia retomou os ataques aéreos contra a Ucrânia nas últimas duas semanas, após uma pausa de quase dois meses. Moscou diz que a Ucrânia usou drones para atacar áreas ocupadas e território russo perto da fronteira.
No último relatório, o governador da região russa de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia, disse que um drone atingiu um depósito de combustível. Ninguém ficou ferido. Kiev não comenta tais incidentes.
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Aloísio Brito Unaí - MG
Notícia errada. Só o ocidente quer passar essas informações erradas ou falsas. Cuidado com as notícias falsas do ocidente para justificar as enormes despesas com equipamentos bélicos enviados para a Ucrânia.
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