Disputa por teto da dívida dos EUA atrasa projeto de política de Defesa

Publicado em 11/05/2023 07:53 e atualizado em 11/05/2023 08:37

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Por Patricia Zengerle

WASHINGTON (Reuters) - Líderes do Congresso dos Estados Unidos adiaram nesta quarta-feira o debate sobre a Lei de Autorização de Defesa Nacional, ou NDAA, na sigla em inglês, um projeto de lei que define a política anual para o Pentágono, já que a legislação obrigatória foi dominada pelo debate sobre o aumento do limite de empréstimo.

Os subcomitês dos Serviços Armados da Câmara dos Representantes estavam programados para iniciar o debate nesta semana sobre o NDAA, que determina como os militares gastam seu orçamento anual de quase um trilhão de dólares. Mas a discussão foi adiada pelo menos temporariamente enquanto os parlamentares e a Casa Branca conversam sobre o aumento da dívida de 31,4 trilhões de dólares do governo.

Os republicanos da Câmara aprovaram um projeto de lei no mês passado, sem o apoio dos democratas, que aumentaria o teto da dívida apenas em troca de radicais cortes de gastos, incluindo reduções acentuadas nos gastos "discricionários" em programas sociais.

Os democratas criticaram o projeto de lei e disseram que ele não seria avaliado no Senado, onde seu partido controla a maioria das cadeiras.

Ao mesmo tempo, os republicanos têm pressionado por um aumento nos gastos com defesa, que ultrapassaram 850 bilhões de dólares no NDAA aprovado no ano passado, atraindo críticas dos democratas.

"Você não pode aumentar o orçamento de Defesa enquanto se recusa a tomar as medidas necessárias para realmente aumentar o teto da dívida, e enquanto propõe fazer cortes maciços no orçamento discricionário", afirmou Adam Smith, o principal democrata no comitê de Serviços Armados da Câmara, em um comunicado. 

O Congresso aprova o NDAA todos os anos desde 1961. Por ser uma das poucas matérias importantes que se torna lei todos os anos, o NDAA é observado de perto porque determina de tudo, desde compras de navios e aeronaves até como lidar com ameaças geopolíticas.

(Reportagem de Patricia Zengerle) 

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Fonte:
Reuters

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