Presidente chinês realiza primeira ligação com Zelenskiy desde invasão russa

Publicado em 26/04/2023 11:20 e atualizado em 26/04/2023 12:54

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KIEV/PEQUIM (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, falou por telefone nesta quarta-feira com o líder ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no ano passado, após meses de pressão de Kiev por conversas.

 

 

Xi disse a Zelenskiy que a China enviará representantes especiais à Ucrânia e manterá o diálogo com todas as partes que buscam a paz, informou a mídia estatal chinesa.

Xi, o líder mundial mais proeminente que se absteve de denunciar a invasão russa à Ucrânia, fez uma visita de Estado à Rússia no mês passado. Desde fevereiro, ele tem promovido um plano de paz em 12 pontos para o conflito, que foi recebido com ceticismo do Ocidente, mas com cautela por Kiev.

A China se concentrará em promover negociações de paz e fará esforços para um cessar-fogo o mais rápido possível, disse Xi a Zelenskiy, de acordo com relatos da mídia estatal chinesa.

"Como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e um grande país responsável, não ficaremos de braços cruzados, nem jogaremos gasolina no fogo, muito menos buscaremos lucrar com isso", disse Xi.

A guerra que já dura 14 meses está em um momento crítico, com a Ucrânia se preparando para lançar uma contra-ofensiva nas próximas semanas ou meses, após uma ofensiva de inverno russa que fez apenas avanços incrementais, apesar dos combates mais sangrentos até agora.

As autoridades ucranianas há muito tempo pedem a Pequim que use sua influência sobre a Rússia para ajudar a acabar com o conflito.

A China emergiu como um grande comprador do petróleo russo, que não pode mais ser vendido na Europa, e um crítico firme das sanções ocidentais contra Moscou, mas evitou apoiar abertamente a invasão.

O país asiático diz que está posicionado para ajudar a mediar o conflito porque não tomou partido publicamente.

Os países ocidentais dizem que a proposta de paz de 12 pontos da China para a Ucrânia é muito vaga, não oferece um caminho concreto para o fim da guerra e pode ser usada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, para promover uma trégua que deixará suas forças no controle de territórios ocupados.

(Reportagem da redação de Pequim)

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Fonte:
Reuters

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