Brasil espera concluir acordo comercial entre UE e Mercosul ainda este ano
Por Catarina Demony
LISBOA (Reuters) - O Brasil espera concluir o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia (UE) neste ano, disse uma autoridade do governo português neste domingo, encerrando anos de atraso e abrindo caminho para o aumento do comércio entre as duas regiões.
A UE e o bloco do Mercosul composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai concluíram as negociações em 2019, mas desde então o acordo tem estado suspenso devido a preocupações, principalmente na França, sobre o desmatamento da Amazônia e o compromisso do Brasil com a mudança climática.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu reformular a política climática do Brasil.
Enquanto a Alemanha tem pressionado por uma conclusão rápida, a França disse que está aguardando ver o progresso no Brasil.
Falando em Lisboa, Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, disse que as negociações com a UE estão em andamento e que os países estão discutindo os "requisitos socioambientais" impostas pelo bloco.
"Os sinais são muito positivos", disse Elias Rosa. "Faltam detalhes, mas acredito que fecharemos o acordo e que será um bom negócio."
Elias Rosa disse que todos os países do Mercosul estão trabalhando com o mesmo propósito de concluir o acordo, mas precisam concordar com alguns dos requisitos.
"O Brasil já cumpre os requisitos socioambientais relacionados à legislação trabalhista", disse Elias Rosa. "É necessário que outros também concordem, mas estamos muito próximos disso."
"Eu diria que vamos fechar (o acordo) este ano."
Portugal, assim como a vizinha Espanha, que assumirá a presidência do Conselho da UE durante o segundo semestre de 2023, são "aliados importantes" nas discussões com o bloco, disse Elias Rosa.
Juntamente com outros governantes, Elias Rosa está em Portugal como parte de uma visita de cinco dias de Lula, sua primeira à Europa desde que foi eleito presidente.
(Reportagem de Catarina Demony)
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Gilberto Rossetto Brianorte - MT
Nas mãos da atual administração do nosso país o acordo vai ser assim: florestas, subdesenvolvimento e pobreza no Brasil, para que a UE possa manter suas fábricas, suas lavouras e sua poluição. Produtos agropecuários do Brasil que entrarem na Europa 60% de taxação, os que vem de lá ZERO de impostos. Baixando as calças prá eles fica fácil fechar o acordo. Agora eu quero ver fechar exigindo deles o mesmo que exigem de nós.