Parlamentares da UE pedem cúpula para controlar IA "muito poderosa"

Publicado em 17/04/2023 15:29

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Parlamentares da União Europeia pediram nesta segunda-feira aos líderes mundiais que realizem uma cúpula para encontrar maneiras de controlar o desenvolvimento de sistemas avançados de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, dizendo que eles estão se desenvolvendo mais rápido do que o esperado.

Os 12 membros do Parlamento Europeu, todos trabalhando na legislação do bloco sobre a tecnologia, pediram ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que convoquem uma reunião, e disseram que as empresas de IA devem ser mais responsáveis.

Os parlamentares disseram que discordavam de algumas das "declarações mais alarmistas" da carta publicada em março pela Future of Life Institute (FLI), que alertava que a IA poderia espalhar desinformação em um ritmo sem precedentes e que as máquinas poderiam "superar em número, ser mais espertas, tornar obsoleto e substituir" os humanos, caso não fossem controladas.

"No entanto, estamos de acordo com a mensagem central da carta: com a rápida evolução de poderosas IAs, vemos a necessidade de uma ação política significativa", acrescentaram.

A carta exortava os países democráticos e "não democráticos" a refletir sobre os potenciais sistemas de governança e a exercer moderação na busca por inteligências muito poderosas.

Um porta-voz de von der Leyen não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O governo Biden também tem buscado a opinião do público sobre possíveis medidas de responsabilização para sistemas de IA, à medida que surgem dúvidas sobre seu impacto na segurança nacional e na educação.

A Comissão Europeia propôs há quase dois anos o esboço de regras para uma lei direcionada ao setor, no qual as ferramentas de IA devem ser classificadas de acordo com seu nível de risco percebido, de baixo a inaceitável.

Uma comissão parlamentar está debatendo o projeto de lei de 108 páginas e espera chegar a uma posição comum até 26 de abril, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.

(Por Martin Coulter em Londres, Supantha Mukherjee em Estocolmo e Akanksha Khushi em Bengaluru)

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Fonte:
Reuters

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