Mercado passa a ver Selic menor e inflação acima de 6% em 2023, mostra Focus
SÃO PAULO (Reuters) - Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver um afrouxamento maior da política monetária neste ano, ao mesmo tempo que elevaram a perspectiva para a inflação em 2023 acima de 6%.
A pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta segunda-feira aponta que a expectativa agora é de que a taxa básica de juros Selic termine este ano a 12,50%, de 12,75% antes.
Para as reuniões de política monetária de maio, junho e agosto o mercado avalia que o Comitê de Política Monetária ainda irá manter a taxa no atual nível de 13,75%.
O primeiro corte está previsto pelos especialistas para setembro, de 0,25 ponto percentual, seguido de mais dois de 0,50 ponto. Na semana anterior, os especialistas viam reduções de 0,25 ponto nos encontros de setembro e novembro, com mais um de 0,50 ponto em dezembro.
A projeção de juros para 2024 segue de 10,00% ao final do ano.
Ao mesmo tempo, o levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 subiu a 6,01%, de 5,98% na semana anterior. Para 2024 a conta também subiu, em 0,04 ponto percentual, a 4,18%, mas para os dois anos seguintes permaneceu em 4,0%.
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 e 2025 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento agora é de 0,90% para 2023 e 1,40% para 2024, de respectivamente 0,91% e 1,44% na pesquisa anterior.
(Por Camila Moreira)
0 comentário
Dólar recua na abertura em linha com o exterior após escolha de Trump para o Tesouro
Mercado eleva projeções para Selic e inflação em 2025, com alta do dólar, mostra Focus
Kremlin diz que círculo de Trump fala sobre acordo de paz na Ucrânia enquanto Biden amplia conflito
Minério de ferro sobe com cenário mais sólido para o aço, mas tensões comerciais limitam ganhos
Ações da China e de Hong Kong recuam com iminência de novas restrições e tarifas dos EUA
Política monetária do BCE não deve permanecer restritiva por muito tempo, diz economista-chefe