Rússia fracassa em pedido de inquérito na ONU sobre explosão do Nord Stream

Publicado em 28/03/2023 07:50

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Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A Rússia não obteve sucesso nesta segunda-feira em conseguir que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pedisse um inquérito independente sobre as explosões em setembro nos gasodutos Nord Stream, que conectam a Rússia e a Alemanha e despejaram gás no Mar Báltico.

Apenas Rússia, China e Brasil votaram a favor do texto elaborado pela Rússia, enquanto os 12 membros restantes do conselho se abstiveram. Uma resolução precisa de pelo menos nove votos a favor e nenhum veto da Rússia, China, França, Estados Unidos ou Reino Unido para ser aprovada.

A Rússia propôs o projeto de resolução no mês passado, poucos dias antes do primeiro aniversário de sua invasão da Ucrânia.

"Sem uma investigação internacional objetiva e transparente, a verdade sobre o que aconteceu não será revelada", disse o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, ao conselho antes da votação.

As explosões de gasodutos ocorreram nas zonas econômicas exclusivas da Suécia e da Dinamarca. No mês passado, Suécia, Dinamarca e Alemanha disseram que suas próprias investigações realizadas por autoridades nacionais ainda estavam em andamento e que a Rússia foi informada.

Os governos sueco, dinamarquês e alemão disseram em uma carta conjunta ao Conselho de Segurança que o dano foi causado por "explosões poderosas devido a sabotagem". Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também chamaram o incidente de "um ato de sabotagem".

A maioria dos membros do Conselho de Segurança que se absteve na segunda-feira disse que o fez porque as investigações nacionais devem ser concluídas antes de se avaliar se alguma ação na ONU é necessária.

A Rússia reclamou que não tem sido mantida informada sobre as investigações nacionais em andamento. O governo russo matém a acusação, sem fornecer provas, de que o Ocidente estava por trás das explosões.

(Reportagem de Michelle Nichols)

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Fonte:
Reuters

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