Vamos zerar o déficit, mas ter ou não superávit é outra discussão, diz Tebet

Publicado em 27/03/2023 13:23

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(Reuters) - A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta segunda-feira que o arcabouço fiscal vem ao encontro do anseio do governo de zerar o déficit público, mas ela frisou que não pode ainda falar sobre futuros superávits nas contas.

 

 

"Eu paro no zerar o déficit, porque se nós vamos ter superávit ou não, essa é uma outra discussão, eu não posso falar, não posso abrir", disse a ministra durante evento da consultoria Arko Advice.

Tebet afirmou que a nova âncora fiscal será simples, transparente e crível, tratando tanto das receitas como das despesas, de olho na estabilização da dívida, e que a "moldura" da regra já está pronta, à espera de decisão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os seus parâmetros.

"Os parâmetros é que vão dar aí a sustentabilidade, a credibilidade e a convicção de que o arcabouço fiscal vai sim estabilizar a dívida pública no Brasil, vai zerar o déficit fiscal", afirmou.

META DE INFLAÇÃO

Tebet afirmou que uma mudança na meta de inflação "não está na mesa" e que as definições sobre os juros são uma questão técnica que não diz respeito à sua pasta, mas ela criticou o comunicado do Comitê de Política Monetária da semana passada, quando o Banco Central manteve a taxa de juros em 13,75%, sem sinalizar um afrouxamento futuro.

"O documento saiu no tom errado", disse Tebet, argumentando que o BC não reconheceu a evolução que teria acontecido no cenário doméstico.

Segundo Tebet, o principal desafio do seu ministério é o planejamento, em que o país não tem tradição, e não zerar o déficit fiscal. "Nós vamos zerar o déficit fiscal já a partir do final do ano que vem", acrescentou.

Ainda sobre o arcabouço, Tebet brincou que teria assinado uma cláusula de confidencialidade nas discussões que preveria como multa um ano do salário de ministra.

 

(Por Isabel Versiani)

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Gilberto Rossetto Brianorte - MT

    A proposta para zerar o déficit vai ser mais ou menos assim: despesas com ensino público, bolsa família, auxilio alimentação para magistrados e promotores públicos, não entram no orçamento, porque são investimentos. Pra variar vira tudo em confusão... o presidente descondenado joga culpa na oposição, deputados e senadores só aprovam se o governo liberar emendas parlamentares. Mas no final tudo dá certo: o amor vence o ódio e o contribuinte paga a conta. Feliz é o pais que tem furacão e terremoto, mas não tem nossos políticos.

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