BC da Suíça se compromete a apoiar Credit Suisse

Publicado em 16/03/2023 08:01

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Por Noele Illien e John Revill e Tom Sims

ZURIQUE/FRANKFURT (Reuters) - O banco central da Suíça se comprometeu nesta quarta-feira a financiar o Credit Suisse com liquidez "se necessário", o que não ocorre com um banco global desde a crise financeira há mais de uma década.

Em declaração conjunta com o regulador suíço Finma, os órgãos anunciaram o radical movimento, mas insistiram que o Credit Suisse era sólido e "atende às exigências de capital e liquidez impostas aos bancos sistemicamente importantes".

O movimento para apoiar o Credit Suisse foi concebido para conter uma crise de confiança no segundo maior banco da Suíça. No entanto, também coloca o banco central do país em foco, caso a confiança na instituição continue a cair.

A ação do Credit Suisse fechou em queda de 24% nesta quarta-feira, após meses de turbulência. Governos e pelo menos um banco pressionaram a Suíça a agir, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

O banco central suíço e o Finma procuraram sustentar a confiança no Credit Suisse, dizendo que "não há indicações de um risco direto de contágio para as instituições suíças devido à atual turbulência no mercado bancário dos Estados Unidos"

"Saudamos a declaração de apoio", disse o Credit Suisse.

O banco seria o primeiro banco de importância sistêmica global a receber um resgate sob medida, em comparação com a liquidez oferecida pelos bancos centrais ao setor financeiro em geral em tempos de estresse extremo do mercado, como quando as economias entraram em isolamento para combater a Covid-19.

As ações do Credit Suisse, que está lutando para se recuperar de uma série de escândalos nos últimos anos, desabaram nos últimos 12 meses. Os papéis, que valiam cerca de 80 francos suíços em 2008, fecharam a 1,70 franco nesta quarta-feira.

O impacto mais recente foi desencadeado após o maior acionista do Credit Suisse, o Saudi National Bank, dizer que não poderia fornecer mais ajuda financeira ao banco.

(Reportagem de Noele Illien, John Revill e Tom Sims)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447500))

REUTERS AR AC

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Fonte:
Reuters

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