Ibovespa avança e orbita 109 mil pontos com BTG e BRF entre maiores altas
O Ibovespa reverteu a fraqueza da abertura e avançava nesta segunda-feira, com BTG Pactual entre os destaques de alta após balanço e previsão para 2023, assim como BRF, que teve a recomendação elevada pelo Morgan Stanley.
Às 12:14, o Ibovespa subia 0,81%, a 108.958,22 pontos. Mais cedo, na mínima, chegou a 107.419,59 pontos. O volume financeiro somava 6 bilhões de reais.
A melhora na bolsa paulista acompanhou a abertura positiva de Wall Street, com impulso das chamadas "megacaps" de crescimento, com Meta Platforms valorizando-se após notícias de novas demissões.
A semana também reserva números relevantes da economia norte-americana, principalmente de inflação ao consumidor na terça-feira, em razão de suas repercussões sobre a condução futura de política monetária do Federal Reserve.
"Caso o resultado sinalize uma dinâmica de inflação ainda pressionada, é possível que a autoridade monetária sustente suas taxas básicas de juros em patamar elevado por um período prolongado", pontuou o Departamento de Economia do Bradesco.
Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,53%.
Investidores do mercado brasileiro também seguem atentos às discussões sobre a meta de inflação, tendo no radar reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na quinta-feira, assim como entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
"Achamos que a 'temperatura' sobre BC e política monetária continua elevada e hoje existe um fato que pode trazer incerteza aos mercados: entrevista de Campos Neto no Roda Viva", afirmou a Tullett Prebon Brasil em relatório a clientes.
O presidente do BC dará entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira. O programa será gravado no final da tarde e irá ao ar a partir de 22h.
A reunião do CMN ocorre em meio a notícias de que a equipe econômica estuda antecipar uma revisão das metas de inflação, em um momento no qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem atacado o BC, criticando, entre outros pontos, o nível da Selic.
DESTAQUES
- BTG PACTUAL UNIT avançava 4,87%, a 21,76 reais, após reportar seus resultados do quarto trimestre do ano passado, com lucro líquido de 1,64 bilhão de reais, enquanto analistas também chamaram a atenção positivamente para as perspectivas do maior banco de investimentos da América Latina para 2023. Assim como outros bancos, o BTG também teve seu desempenho final afetado pelo pedido de recuperação judicial da Americanas.
- BRF ON avançava 6,54%, a 6,84 reais, na esteira de relatório do Morgan Stanley elevando a recomendação do papel para "equal-weight", citando que grandes desafios estruturais e cíclicos permanecem, mas que há uma transformação em andamento e que "é hora de respirar". Os analistas também reiteraram recomendação de "overweight" para as ações da JBS, Minerva e Marfrig.
- VALE ON caía 0,68%, a 86,21 reais, em meio ao declínio de contratos futuros do minério de ferro na Ásia nesta segunda-feira. Crescentes estoques de aço e o aumento dos inventários de minério de ferro em portos indicam uma lenta recuperação da demanda, mesmo com os últimos indicadores apontando para uma economia em recuperação. No setor, CSN MINERAÇÃO ON perdia 1,63%, a 4,82 reais. Papéis de siderúrgicas também tinha um dia negativo na B3.
- PETROBRAS PN recuava 0,82%, a 26,50 reais, conforme os preços do petróleo também recuavam no mercado externo. O contrato de Brent era negociado em baixa de 0,34%, a 86,1 dólares o barril.
- CARREFOUR ON mostrava queda de 3,02%, a 13,79 reais, antes da divulgação do balanço do quarto trimestre, após o fechamento do mercado. No pior momento da sessão, a ação chegou a 13,58 reais, menor cotação intradia desde janeiro do ano passado. No setor, GPA ON subia 0,22%.
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