FMI diz para Argentina não arriscar reservas "escassas" após recompra de títulos

Publicado em 01/02/2023 13:34

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NOVA YORK (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional disse nesta quarta-feira que prefere que o governo da Argentina, que anunciou uma recompra de títulos em moeda estrangeira de 1 bilhão de dólares, não prejudique as metas de seu programa multibilionário.

"Temos metas no programa para reservas. As reservas são escassas e preferimos não ter ações que prejudiquem o acúmulo de reservas que estamos assumindo no programa", disse Nigel Chalk, vice-diretor do departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, quando questionado se a recompra se enquadra no objetivo do programa de acumular reservas internacionais.

O programa de recompra de títulos da Argentina foi anunciado em 18 de janeiro. O governo já gastou cerca de 404 milhões de dólares em compras no mercado de títulos com valor nominal de mais de 1,1 bilhão de dólares, segundo a corretora local Portfolio Personal Inversiones (PPI).

A Moody's considerou isso uma "troca estressada" equivalente a um calote, enquanto a S&P Global Ratings a chamou de "oportunista" e equivalente a uma reestruturação da dívida ao afirmar sua nota de crédito para o país.

"A equipe tem trabalhado com as autoridades argentinas neste plano de recompra da dívida... primeiro em sua escala, como está sendo operado e depois como se encaixa no programa", disse Chalk em entrevista à Reuters.

Ele acrescentou que a próxima revisão do programa com a Argentina, uma avaliação regular que determina se a próxima rodada de dinheiro será liberada para as autoridades argentinas, julgará se as metas foram cumpridas no final de dezembro.

As reservas cambiais brutas da Argentina totalizam cerca de 42,3 bilhões de dólares, de acordo com dados de seu banco central até 27 de janeiro, enquanto os cálculos da Moody's e da PPI mostram reservas líquidas próximas a 6 bilhões de dólares.

As metas originais do programa pedem que a Argentina acumule 4 bilhões de dólares a mais em reservas este ano.

(Reportagem de Rodrigo Campos em Nova York; Reportagem adicional de Jorgelina do Rosario em Londres)

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Fonte:
Reuters

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