Inflação da zona do euro cai mais do que o esperado em janeiro, mas núcleo mantém pressão

Publicado em 01/02/2023 09:12

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FRANKFURT (Reuters) - A inflação da zona do euro diminuiu pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, mas o alívio pode ser limitado uma vez que o aumento do núcleo do índice de preços se manteve estável e já foram levantadas preocupações sobre a confiabilidade dos números.

A inflação anual no bloco monetário de 20 nações caiu para 8,5% no mês passado, de 9,2% em dezembro, segundos dados da agência de estatísticas da União Européia nesta quarta-feira.

O número ficou bem abaixo da expectativa de 9% em pesquisa da Reuters.

O crescimento dos preços tem caído rapidamente desde que atingiu um recorde de 10,6% em outubro, mas o Banco Central Europeu já prometeu mais aumentos dos juros, temendo que sem custos de empréstimo mais altos a inflação possa ficar acima de sua meta de 2%.

O BCE vai se reunir na quinta-feira e deve aumentar os juros em 0,5 ponto percentual, para 2,5%, e a maior questão é quanto mais de aperto irá sinalizar.

É pouco provável que a queda da inflação elimine as preocupações das autoridades conservadoras de que o rápido crescimento dos preços está se enraizando, uma preocupação reforçada pelo núcleo da inflação nesta quarta-feira.

Excluindo os preços de alimentos e combustíveis, a inflação subiu de 6,9% para 7%, enquanto uma medida ainda mais restrita observada de perto pelo BCE manteve-se em 5,2%, superando as previsões de 5,1%.

O núcleo da inflação foi impulsionado por um salto nos preços de alimentos processados e bens industriais, mas a inflação dos serviços aliviou um pouco.

Outra questão é a confiabilidade dos dados. Ao contrário de outros meses, os dados da Alemanha, a maior economia do bloco, estão faltando, e a Eurostat foi forçada a usar uma estimativa baseada em modelos.

Os números de janeiro também são propensos a uma volatilidade incomum devido às mudanças de preços no início do ano, dizem economistas.

(Reportagem de Balazs Koranyi)

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Fonte:
Reuters

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