Mídia chinesa minimiza gravidade de onda da Covid-19 enquanto OMS busca detalhes sobre variantes
Por Yew Lun Tian e Farah Master e Emma Farge
PEQUIM/HONG KONG/GENEBRA (Reuters) - A mídia estatal chinesa minimizou a gravidade de uma onda de infecções por Covid-19 antes de um briefing esperado nesta terça-feira por cientistas do país com a Organização Mundial da Saúde, que espera uma "discussão detalhada" sobre a evolução do vírus.
A reviravolta abrupta da China nas medidas de controle da Covid-19 em 7 de dezembro, bem como a precisão de seus dados de casos e mortalidade, estão sob crescente escrutínio no país e no exterior.
A mudança da China de uma política de "Covid-zero" defendida pelo presidente Xi Jinping ocorreu após protestos que marcaram a demonstração mais forte de descontentamento público durante sua década no poder e coincidiram com o crescimento mais lento da economia em quase meio século.
Nesta terça-feira, o Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista, citou especialistas chineses dizendo que a doença causada pelo vírus era relativamente leve para a maioria das pessoas.
"Doenças graves e críticas representam 3% a 4% dos pacientes infectados atualmente internados em hospitais designados em Pequim", disse Tong Zhaohui, vice-presidente do Hospital Chaoyang de Pequim, ao jornal.
Kang Yan, chefe do Hospital Tianfu da China Ocidental da Universidade de Sichuan, disse que nas últimas três semanas, um total de 46 pacientes foram internados em unidades de terapia intensiva, ou cerca de 1% das infecções sintomáticas.
A Organização Mundial da Saúde insistiu às autoridades de saúde chinesas para compartilharem regularmente informações específicas e em tempo real sobre o surto sobre o surto.
A OMS convidou cientistas chineses a apresentar dados detalhados sobre o sequenciamento viral em uma reunião do grupo consultivo técnico nesta terça-feira. Também pediu à China que compartilhe dados sobre hospitalizações, mortes e vacinação.
(Reportagem das redações de Pequim e Xangai; Reportagem adicional de Farah Master em Hong Kong e Emma Farge em Genebra)
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