Oposição da Venezuela busca saída de Guaidó e controle da Citgo

Publicado em 22/12/2022 08:18

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Por Vivian Sequera e Mayela Armas

CARACAS (Reuters) - Os partidos da oposição venezuelana estão tentando destituir Juan Guaidó da chefia da Citgo, o ativo mais importante do país no exterior, e impedir que seu governo interino estenda seu mandato por mais um ano, disseram porta-vozes das principais legendas de oposição nesta quarta-feira.

Guaidó controla a refinaria com sede em Houston, uma subsidiária da empresa estatal de petróleo PVDSA, desde 2019, quando se declarou presidente interino da Venezuela após uma eleição contestada.

Embora os Estados Unidos ainda reconheçam Guaidó como líder interino em vez do presidente socialista Nicolás Maduro, o fracasso de Guaidó em chegar a um acordo com o governo de Maduro sobre novas eleições e sua confiança nas sanções dos EUA para manter a pressão sobre Maduro fizeram com que ele caísse em desgraça em outras partes do mundo e com grupos de oposição na própria Venezuela. 

Guaidó convocou uma sessão especial do Congresso da Venezuela para quinta-feira a fim de estender o mandato de seu governo interino por mais um ano, em grande parte para manter o controle sobre a Citgo e outros ativos estatais mantidos no exterior.

Mas os partidos políticos da oposição propõem, em vez disso, substituir Guaidó por uma comissão de cinco membros nomeados pelo Parlamento para administrar os ativos da Citgo e bloquear a prorrogação de um ano.

A proposta apresentada é de dissolução do governo interino, com exceção da diretoria ad hoc da PDVSA Holding --que administra o Citgo-- e da diretoria ad hoc do banco central, ao mesmo tempo em que seria criada uma comissão para zelar por outros ativos, disse o político de oposição Alfonso Marquina.

Os partidos que pretendem substituir Guaidó propuseram delegar as funções do governo interino à nova comissão.

Eles também podem tentar escolher um candidato para competir contra Maduro ou quem representar o governo nas próximas eleições, marcadas provisoriamente para 2024.

(Reportagem de Vivian Sequera e Mayela Armas)

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Fonte:
Reuters

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