Protesto mantém bloqueio a acesso a Paranaguá; Rumo vê menos caminhões em terminais
Por Ana Mano
RIO DE JANEIRO (Reuters) -A principal via de acesso ao Porto de Paranaguá, a BR-277, segue bloqueada por protestos em ambos os sentidos, a partir do quilômetro 5, com as manifestações de insatisfeitos com o resultado das eleições de domingo impedindo a chegada de caminhões com cargas ao importante polo de exportação brasileiro.
O reflexo da manifestação, iniciada na segunda-feira, está na recepção aos caminhões que transportam commodities agrícolas, como soja e milho, de acordo com a Diretoria de Operações do porto em nota.
Apenas 54 caminhões foram recebidos no Pátio de Triagem, onde os veículos chegam para aguardar a descarga dos granéis sólidos vegetais de exportação, das 14h de segunda-feira até as 9h desta terça-feira.
Apesar do bloqueio rodoviário, que ocorre também em outras estradas brasileiras, com manifestantes descontentes com o resultado das eleições, o porto de Paranaguá segue operando com estoques, sinalizou a administração portuária.
“Os operadores portuários já têm adotado medidas em relação aos agendamentos para evitar filas e maiores transtornos. As equipes das empresas e da Portos do Paraná seguem monitorando a situação junto às autoridades responsáveis”, disse o porto.
A autoridade portuária informou, ainda, que quando houver previsão de liberação das pistas, serão decididas novas medidas frente ao fluxo acumulado.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, na manhã desta terça-feira os manifestantes estavam bloqueando parcialmente ou totalmente rodovias em mais de 200 localidades, com as manifestações avançando para 20 Estados e Distrito Federal. Conforme a PRF, outros 192 bloqueios de estradas foram removidos.
Estados agrícolas como Santa Catarina, onde operam muitos frigoríficos, e Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil, estão entre os mais afetados pelos protestos que começaram após o encerramento das eleições no domingo, mostraram dados da polícia.
A autoridade portuária de Santos, o maior porto da América Latina, disse que as coisas estão normais, pois os protestos não interromperam suas operações terrestres, de acordo com um comunicado enviado à Reuters.
No entanto, devido ao mau tempo, a navegação no estuário do porto está suspensa desde as 4h, segundo o comunicado.
A Rumo, empresa ferroviária líder que opera um grande terminal de grãos em Rondonópolis (MT), disse à Reuters que os bloqueios começaram a afetar a chegada de cargas aos terminais.
“A concessionária informa que há uma redução no volume de caminhões em seus terminais e algumas paralisações em trechos da via férrea em Morretes (PR) e na região de Joinville (SC). A Rumo trabalha atualmente com estoque e com carga em trânsito em trens que permitem até o momento atender a demanda de operação prevista em seus contratos”, disse a companhia.
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