Não há indicação de que exercícios nucleares da Rússia sejam "atividade de cobertura", diz Pentágono
Por Phil Stewart e Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos ainda não viram nenhuma indicação de que os exercícios anuais da Rússia envolvendo suas forças nucleares, chamados de "Grom", possam ser uma cobertura para uma organização real, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, nesta quinta-feira.
O presidente russo, Vladimir Putin, observou na quarta-feira uma parte dos chamados exercícios "Grom" das forças nucleares estratégicas da Rússia, que segundo Moscou envolveram mísseis balísticos intercontinentais Yars, submarinos e aviões bombardeiros estratégicos Tupolev.
Os exercícios apresentaram um desafio potencial para os Estados Unidos e seus aliados. Putin turvou as águas sobre suas reais intenções, depois de ameaçar usar armas nucleares para defender a Rússia em sua invasão da Ucrânia.
Autoridades ocidentais, no entanto, expressaram confiança em suas capacidades de detectar quaisquer indicações de que a Rússia possa estar se movendo para empregar tais armas.
Austin não demonstrou preocupação, em breves comentários aos repórteres sobre o assunto.
“Não vimos nada que nos faça acreditar, neste momento, que é algum tipo de atividade de cobertura”, disse Austin.
Com as forças ucranianas avançando para a província de Kherson, ocupada pela Rússia, ameaçando uma grande derrota para Moscou, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, telefonou para Austin no domingo para comunicar alegações de que a Ucrânia planejava realizar um ataque com uma "bomba suja".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse que a alegação mostra que Moscou estava planejando um ataque com um dispositivo explosivo misturado com material radioativo e tentou culpar Kiev.
Austin minimizou tais preocupações.
"Não vimos nada que indique que Putin tomou a decisão de usar uma bomba suja, nem vimos nenhuma indicação de que os ucranianos estejam planejando tal coisa", disse Austin.
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