Autoridades do BCE apoiam aumento grande de juros, mas divergem sobre corte do balanço

Publicado em 29/09/2022 08:32

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Por Francesco Canepa e Balazs Koranyi

VILNIUS/FRANKFURT (Reuters) - As autoridades do Banco Central Europeu (BCE) continuavam a se alinhar na defesa de outro grande aumento da taxa de juros, já que a inflação deve atingir um novo pico recorde, mas discordaram sobre se já seria hora de pensar em absorver dinheiro da economia.

O BCE elevou os juros em 1,25 ponto percentual no acumulado das duas últimas reuniões e prometeu novos aumentos à medida que a inflação sobe em direção a 10% e as expectativas de longo prazo ultrapassam sua meta de 2%.

"Minha escolha seria 75 (pontos-base)", disse o formulador de política monetária do BCE Gediminas Simkus à Bloomberg TV durante uma conferência em Vilnius, na Lituânia. "Entendo que algumas opções podem estar na mesa, mas 50 é o mínimo."

O presidente do banco central lituano também disse que o BCE deve iniciar negociações "o mais rápido possível" sobre a redução de seu balanço, uma visão ecoada por seu colega estoniano Madis Müller no mesmo evento.

Isso provavelmente seria feito ao não recomprar alguns dos trilhões de euros em títulos que o BCE comprou na última década --quando estava tentando impulsionar o crescimento dos preços, que era muito baixo-- à medida que vencem.

Mas o português Mario Centeno e o espanhol Pablo Hernández de Cos rejeitaram essa ideia, temendo que isso desestabilize o mercado de títulos.

"O aperto quantitativo poderia causar turbulência no mercado", disse de Cos em discurso em Bilbao. "Isso pode colocar em risco o caminho da normalização da política monetária em um momento em que todos os nossos esforços devem se concentrar nele."

Embora poucos membros do BCE tenham se aventurado a estimar onde os aumentos de juros podem terminar, de Cos disse que os modelos sugerem uma taxa terminal significativamente menor do que os mercados agora esperam.

"Com base nas informações atuais, o valor médio da taxa terminal entre os modelos é de 2,25% a 2,50%", disse ele.

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Fonte:
Reuters

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