Ibovespa cede mais de 2% com NY e queda de ações do setor financeiro

Publicado em 26/09/2022 17:13 e atualizado em 26/09/2022 18:10

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuou mais de 2% nesta segunda-feira, influenciado pela influência externa negativa, uma vez que preocupações com inflação e recessão econômica pesaram novamente.

Os negócios também foram afetados por uma liquidação nas ações do setor financeiro local e certa cautela antes das eleições no Brasil no domingo.

O Ibovespa caiu 2,33%, a 109.114,16 pontos, segundo tombo consecutivo maior que 2%. No pior momento do dia, o índice foi a 109.021,62 pontos. O volume financeiro da sessão somou 26,6 bilhões de reais.

B3, Vale, Banco do Brasil e Itaú Unibanco foram as principais influências negativas. Klabin ficou na ponta oposta com leve alta.

Para Adriano Yamamoto, chefe comercial da corretora do C6 Bank, prevaleceram preocupações com inflação e recessão em todo o mundo. Para conter a alta dos preços, bancos centrais --o mercado olha especialmente para o Federal Reserve (Fed)-- vêm elevando os juros.

"Alguns dirigentes do Fed tiveram falas um pouco mais hawkish...confirmando o que vimos na semana passada", disse ele, em referência à alta de 0,75 ponto percentual no juro anunciada na última quarta-feira nos Estados Unidos.

Autoridades do banco central norte-americano disseram nesta segunda-feira que a prioridade continua a ser o controle da inflação nos EUA e minimizaram a crescente volatilidade dos mercados globais.

Em Nova York, o S&P 500 cedeu 1%.

Yamamoto afirmou que as eleições presidenciais no Brasil também tiveram impacto, ainda que em menor magnitude, dado que não há, na visão dele, um consenso no mercado sobre o resultado. As principais pesquisas de intenção de voto mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, seguido pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

A divulgação do índice de inflação IPCA-15 e da ata da última reunião do Copom, que interrompeu o ciclo de alta de juros no Brasil, devem movimentar a sessão de terça-feira.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL ON cedeu 4,6%, liderando as perdas entre os grandes bancos na sessão. ITAÚ UNIBANCO PN recuou 1,8%, BRADESCO PN diminuiu 1,6%, e SANTANDER BRASIL UNIT perdeu 2,5%. Ainda no setor financeiro, B3 ON caiu 4,9% e BTG PACTUAL UNIT se desvalorizou em 5,9%.

- PETROBRAS PN caiu 1,6%, a 29,46 reais, em dia de queda do petróleo. O contrato tipo Brent da commodity cedeu 2,4%. No setor, PRIO ON teve queda de 3,2%. A empresa anunciou compra da fatia da Total Energies no Campo de Itaipu-- e 3R PETROLEUM ON perdeu 6,8%.

- VALE ON caiu 0,8%, a 68,00 reais, após ficar no azul por boa parte da sessão. Os futuros de minério de ferro recuaram nas bolsas na Ásia.

- PAGSEGURO desabou 8% em Nova York, após o Banco Central limitar em 0,7% as tarifas de intercâmbio de cartões pré-pago. O Citi afirmou que a medida deve causar menos impacto na empresa do que o previsto. NUBANK, que previu efeito negativo de 2,9% nas suas receitas em 12 meses por causa das novas regras, perdeu 4,4%.

- PETZ ON caiu 6,6%, MAGAZINE LUIZA ON recuou 6,3% e MRV ON apontou queda de 4,7%, à medida que a alta dos contratos de juros futuros pressionou papéis de setores sensíveis às taxas, como consumo e construção.

- QUALICORP ON e KLABIN UNIT avançaram 0,2% cada, sendo as únicas no Ibovespa a fechar no azul. A empresa de saúde teve cinco altas nas últimas seis sessões, enquanto a companhia de papel e celulose normalmente é beneficiada pela alta do dólar ante o real.

- GAFISA ON desabou 19,3%, a 9,11 reais, maior queda diária do papel desde março de 2020, após a construtora dizer que avalia fazer uma oferta primária de ações.

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Fonte:
Reuters

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