Meirelles diz não ter sido sondado para governo Lula, mas deixa porta aberta

Publicado em 19/09/2022 17:55

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Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central nos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira não ter sido sondado para voltar ao governo em caso de vitória do petista nas eleições de outubro, mas deixou a porta aberta para tanto ao ressaltar ter excelentes relações com ele.

"Não tem nada (na mesa)", disse ele à Reuters.

Questionado se aceitaria um eventual convite, Meirelles afirmou que não "perde tempo decidindo sobre hipóteses", acrescentando que, em 2002, quando Lula venceu as eleições pela primeira vez, sua ida para o governo só foi acertada após o resultado do pleito.

Visto como um nome pró-mercado, Meirelles participou de evento nesta manhã em que outros ex-presidenciáveis declararam apoio a Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

O mercado reagiu positivamente à contundente fala do ex-chefe do BC, com o dólar caindo frente ao real e a curva longa de juros também cedendo, após Meirelles ressaltar feitos econômicos dos governos Lula, incluindo controle da inflação, criação de empregos, redução da pobreza e acúmulo das reservas internacionais.

"Fiz um discurso forte exatamente porque eu sou um homem que na minha carreira e na minha vida eu acredito em fatos. E os dois mandatos foram muito positivos para o país", disse.

Meirelles participou da corrida presidencial em 2018, mas recebeu pouco mais de 1% dos votos nas eleições vencidas por Jair Bolsonaro.

Ele afirmou ter sido convidado para o evento, que reuniu ex-presidenciáveis, pelo candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin, o qual passou recentemente a ser cotado para comandar a política econômica em um eventual novo governo do petista.

Questionado se a presença do ex-governador de São Paulo na chapa de Lula teria tido papel na decisão de voto, Meirelles afirmou que "ajuda", mas ressaltou ter "excelentes relações" com o ex-presidente independentemente disso.

Mais longevo presidente do Banco Central do Brasil, Meirelles é lembrado pela atuação na crise de 2008 e pela política monetária focada no combate à inflação.

Ele também comandou o Ministério da Fazenda no governo do ex-presidente Michel Temer, propondo dois marcos fiscais considerados cruciais para a recuperação da sustentabilidade fiscal, mas que já receberam críticas de economistas próximos a Lula: o teto de gastos e criação da taxa TLP para empréstimos do BNDES, que passou a cobrar juros mais próximos dos de mercado em comparação à antiga TJLP.

"Apesar de declarações equivocadas feitas por membros da campanha, eu, baseado na minha experiência de trabalho com ele (Lula) nos dois governos, nos dois mandatos, tomei essa decisão baseado na expectativa de que a realidade iria prevalecer", disse Meirelles.

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Aloísio Brito Unaí - MG

    Esse faz parte do grupo de bandidos. Como um sujeito dessa reputação técnica tem coragem de fazer isso? Como o olho grande corrompem as pessoas. Esse cara é um safado desgraçado!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Eu acho que se ele tem chance de trabalhar pelo Brasil nao tem importancia se ele trabalha num governo de direita como era o pensamento do Doria ou se trabalha com o comunista LULA----A verdade e' que ele conseguiu um crescimento medio do pais de 3% durante 60 meses ficando em segundo lugar depois do Delfim neto----Meirelles e' filho de interventor do periodo militar, e foi o unico brasileiro a presidir um banco americano em 1999---Foi presidente de uma instituiçao com 220 bilhoes de dolares so' em ativos e a 8ª dos Estados Unidos----Nao aceitou trabalhar com aquela besta quadrada da Dilma por esta nao ter habilidade interpessoais----Se o Lula o escolher sera' bom para o Brasil, apesar do Abilio Diniz achar que o LULA vai pegar uma bucha de canhao, por ter mais da metade contra ele

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      Sr Carlo Meloni, todo esse currículo ainda não o isenta de ser um interesseiro desgracado. Sanguessuga, especulador que defende grandes famílias e grupos de banqueiros inescrupulosos. Esses caras não pensam em uma economia mais justa e inclusiva de verdade. Quem se associa ao bandido de nove dedos é um vendido desgracado, independentemente de sua reputação técnica. Esse cara faz parte dessa especifica elite medíocre brasileira. Pra mim ele tem mentalidade arcaica e degradante. Esses caras possuem mentalidade igual de Setubals e tantos outros como José Sarneys da vida. Quero financiar o povo com prestações de 20 reias mais com juros de 10% ao mês. Ou seja 22 reais. O sujeito acha que está lindo e nem percebe que está pagando 100% em um ano! Só maluco pra acreditar nesses ancestrais inescrupulosos. Mente ultrapassada e arcaica.

      Quero um Brasil mais inclusivo de forma técnica e empreendedora com Jair Bolsonaro como presidente e toda sua equipe.

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    • Aloísio Brito Unaí - MG

      PIB de 3% ao ano com endividamento do povo com juros de 100% ao ano é fácil. Concentração de renda nas mãos dos banqueiros e empresários específicos, depois deu no que deu. País quebrado e dívida interna gigantesca. Mesmo a onda de preços das commodities e de gastança desordenada não deu conta de segurar os PIBs negativos logo em seguida. Quebrou o País!!

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    • carlo meloni sao paulo - SP

      Realmente e' um interesseiro desgraçado, alem de ter montado um sistema que reduziu dramaticamente o rendimento do poupador----E' ele que inventou imposto de renda sobre a correçao monetaria

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