Ibovespa fecha em alta com apoio de Petrobras e PIB acima do esperado
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, após dados mostrando que a economia brasileira cresceu acima do esperado no segundo trimestre, e também com apoio da Petrobras apesar da queda do petróleo no exterior.
Índice de referência da bolsa brasileiro, o Ibovespa subiu 0,81%, a 110.405,3 pontos, encerrando na máxima da sessão. O volume financeiro da sessão alcançou 28,4 bilhões de reais.
No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve alta de 1,2% na comparação sequencial, após avanço de 1,1% entre janeiro e março, no quarto trimestre seguido de taxas positivas.
O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa de Reuters, de expansão de 0,9%.
Após os dados, várias instituições financeiras melhoraram suas estimativas para o PIB em 2022, entre elas o Bank of America, que agora projeta crescimento de 3,25%.
"O PIB acima das expectativas demonstra que a economia segue em recuperação e deve tornar cada vez mais o Brasil como ótima opção para o capital estrangeiro", disse o analista Leandro De Checchi, da Clear Corretora.
"A melhora das condições econômicas do Brasil estabelecidas pelo cenário de recuo da inflação, atividade econômica aquecida e valuation atrativo favorece os ativos de risco", acrescentou.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 0,3%, mas distante do pior momento. Na mínima, o Ibovespa chegou a cair 1,19%.
No exterior, preocupações com o ritmo da atividade econômica global continuaram minando o sentimento de agentes financeiros, principalmente após dados divergentes sobre a atividade fabril de Estados Unidos, China e Europa.
O foco agora está voltado para dados do mercado de trabalho dos EUA na sexta-feira, que tendem a mexer com as apostas para as próximas decisões de juros do Federal Reserve.
A B3 também divulgou pela manhã a última prévia do Ibovespa que irá vigorar a partir de segunda-feira, mantendo a inclusão das ações de Arezzo, Raízen e São Martinho e saída dos papéis de JHSF.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN fechou com acréscimo de 1,87%, a 33,85 reais, recuperando-se do forte ajuste negativo da terça-feira, apesar de mais uma sessão de queda dos preços do petróleo no mercado internacional. A companhia também anunciou uma redução de 7% nos preços da gasolina.
- MRV ON avançou 7,59%, a 11,05 reais, com papéis de construtoras entre as maiores altas. O JPMorgan afirmou que está mais otimista com o setor, elevando os preços-alvo de várias empresas e preferindo aquelas com foco na baixa renda.
- IBR BRASIL ON desabou 14,63%, a 1,40 real, antes da precificação de uma oferta de 1,2 bilhão de reais em ações prevista para essa quinta-feira. No pior momento, a ação da resseguradora caiu a 1,39 real, mínima histórica.
- VALE ON perdeu 0,95%, a 63,89 reais, conforme os preços do minério de ferro fecharam em baixa na Ásia, na esteira de preocupações com novas restrições da Covid-19 e problemas no setor imobiliário na China.
- HAPVIDA ON subiu 3,16%, a 7,51 reais, após quatro quedas seguidas, período em que acumulou uma baixa de 9,79%. No setor de saúde, FLEURY ON valorizou-se 2,66% e REDE D'OR ON fechou com elevação de 2,19%.
- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,53%, a 26,19 reais, no dia de evento anual do banco com investidores. No setor, BRADESCO PN subiu 0,84% e BANCO DO BRASIL ON ganhou 1,54%.
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