Em segundo encontro, Moraes e ministro da Defesa conversam sobre testes de urnas eletrônicas
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, conversaram na manhã desta quarta-feira sobre medidas adotadas para garantir a segurança das eleições, no segundo encontro entre as duas autoridades.
Em comunicado do TSE, o tribunal e o ministério reconheceram o êxito dos testes de verificação das urnas eletrônicas realizados por universidades e destacaram a importância de se realizar um evento público com a Comissão de Transparência Eleitoral e as entidades fiscalizadoras para a apresentação dos resultados.
Esse foi o segundo encontro entre as duas autoridades, que dessa vez contou com apresentações técnicas. A cerca de um mês das eleições, Moraes tem buscado estreitar os laços com militares após atritos com a cúpula das Forças Armadas durante a gestão do antecessor dele no cargo, ministro Edson Fachin.
Segundo o comunicado, também se reafirmou que haverá a divulgação de todos os boletins de urna (BUs) pelo TSE, o que permitirá a conferência e totalização dos resultados eleitorais pelos partidos políticos e entidades independentes.
"A importância da manutenção da realização do Teste de Integridade --que ocorre desde 2002-- como mecanismo eficaz de auditoria foi ressaltada por ambas as áreas técnicas, que apresentarão, em conjunto, a possibilidade de um projeto piloto complementar, utilizando a biometria de eleitores reais em algumas urnas indicadas para o referido teste, conforme sugestão das Forças Armadas no âmbito da Comissão de Transparência Eleitoral", concluiu o comunicado.
As tratativas entre Moraes e a cúpula das Forças Armadas em relação ao processo eleitoral ocorrem em meio a críticas que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, ao sistema de votação por meio das urnas eletrônicas.
Bolsonaro está atualmente em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para o pleito de outubro, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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