Rússia aprofunda crise energética da Europa com nova suspensão de gás
Por Christoph Steitz e Nina Chestney
FRANKFURT/LONDRES (Reuters) - A Rússia interrompeu o fornecimento de gás pela principal rota de abastecimento da Europa nesta quarta-feira, intensificando uma batalha econômica entre Moscou e Bruxelas e aumentando as perspectivas de recessão e racionamento de energia em alguns dos países mais ricos da região.
Os governos europeus temem que Moscou possa estender a interrupção em retaliação às sanções ocidentais impostas após a invasão da Ucrânia e acusam a Rússia de usar o fornecimento de energia como uma "arma de guerra". Moscou nega ter feito isso e citou razões técnicas para cortes de fornecimento.
A gigante estatal russa de energia Gazprom disse que o Nord Stream 1, maior gasoduto que transporta gás para seu principal cliente, a Alemanha, ficará em manutenção de 31 de agosto até 3 de setembro.
O presidente do regulador de rede alemão afirmou que a Alemanha agora está mais bem preparada para as interrupções, já que seu armazenamento de gás estava quase 85% preenchido, e o país tinha suprimentos de outras fontes.
"Podemos tirar gás do armazenamento no inverno, estamos economizando gás (e precisamos continuar fazendo isso!), os terminais de GNL estão chegando e, graças a Bélgica, Holanda, Noruega (e em breve França), o gás está fluindo", disse Klaus Mueller no Twitter.
Outras restrições ao fornecimento de gás na Europa aprofundariam uma crise de energia que já provocou um aumento de 400% nos preços do gás no atacado desde agosto passado, pressionando consumidores e empresas e forçando os governos a gastar bilhões para aliviar o fardo.
Ao contrário da manutenção de 10 dias do Nord Stream 1 no mês passado, o trabalho mais recente foi anunciado com menos de duas semanas de antecedência e está sendo realizado pela Gazprom, e não por sua operadora.
Moscou, que reduziu o fornecimento pelo gasoduto para 40% da capacidade em junho e para 20% em julho, culpa problemas de manutenção e sanções que impedem a devolução e instalação de equipamentos.
A Rússia disse nesta quarta-feira que o governo alemão, não o Kremlin, está fazendo tudo o que pode para arruinar suas relações energéticas com Moscou.
0 comentário

Dólar cai 1% antes do feriado com esperança de acordo entre EUA e China

Ibovespa fecha em alta puxado por Petrobras

Inflação desacelera para todas as faixas de renda em março

ONS projeta queda mais acentuada da carga de energia no Brasil em abril

Sexta-feira Santa e Tiradentes na estrada: escolha pelo etanol traz economia de 30%, afirma Edenred Ticket log

Trump: Teremos um acordo comercial com a China