Recessão na Alemanha é cada vez mais provável, diz BC

Publicado em 22/08/2022 09:32

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Uma recessão na Alemanha, a maior economia da zona do euro, é cada vez mais provável e a inflação continuará a acelerar e pode atingir um pico de mais de 10% antes do fim do ano, disse o banco central do país em um relatório mensal nesta segunda-feira.

Com sua indústria altamente dependente do gás russo, a Alemanha está entre as mais vulneráveis a qualquer corte no fornecimento de energia e os custos crescentes já estão pesando na produção, com previsão de ainda mais impacto.

"O declínio da produção econômica nos meses de inverno se tornou muito mais provável", disse o banco central. "O alto grau de incerteza sobre o fornecimento de gás neste inverno e os fortes aumentos de preços devem pesar muito nas famílias e empresas."

A Rússia vem reduzindo as exportações de gás em resposta às sanções ocidentais devido à sua guerra na Ucrânia e muitos, se não a maioria dos economistas, agora veem a recessão alemã como inevitável.

Os preços altos e a escassez de gás já estão forçando a Alemanha a reduzir o consumo, com setores intensivos em energia, como a produção de metais e de fertilizantes, sendo os mais atingidos.

Enquanto isso, os custos de energia continuarão empurrando a inflação para cima e a alta dos preços só deve atingir o pico depois do outono (no hemisfério norte), em cerca de cinco vezes a meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).

"No geral, a taxa de inflação pode chegar a 10% no outono", disse o Bundesbank. "O risco de alta para a inflação é grande, em particular no caso de uma paralisação completa do fornecimento de gás da Rússia."

Isso aumenta o risco de rápidos aumentos salariais, especialmente devido ao baixo índice de desemprego, que pode perpetuar a alta inflação por meio de uma espiral de preços e salários, alertou o Bundesbank.

O BCE elevou sua taxa de juros de mínimas recordes no mês passado para combater a pressão inflacionária, mas outras elevações são quase certas, já que as perspectivas de crescimento dos preços não estão melhorando.

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Fonte:
Reuters

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