Guerra domina reunião do G20 e Rússia repreende críticas "desenfreadas" do Ocidente
Por Stanley Widianto e David Brunnstrom
NUSA DUA, Indonésia (Reuters) - A Indonésia, anfitriã do G20, pediu nesta sexta-feira aos ministros das Relações Exteriores do grupo que ajudem a acabar com a guerra na Ucrânia, enquanto o principal diplomata da Rússia acusou o Ocidente de desperdiçar a chance de lidar com questões econômicas globais com críticas "desenfreadas" do conflito.
A reunião em Bali foi dominada pela guerra e seu impacto na segurança alimentar e energética, o que foi discutido em quase todas os encontros bilaterais, disse o ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi, em comentários após o término das negociações.
Não ficou imediatamente claro se algum acordo foi alcançado durante a reunião.
No início dos eventos do dia, gritos de "Quando você vai parar a guerra" e "Por que você não para a guerra" foram ouvidos quando o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, cumprimentou Retno ao chegar.
Lavrov disse que ministros de países ocidentais "se desviaram quase imediatamente, assim que tomaram a palavra, para críticas desenfreadas à Federação Russa em conexão com a situação na Ucrânia".
"'Agressores', 'invasores', 'ocupantes' - ouvimos muitas coisas hoje", afirmou Lavrov a repórteres após a primeira sessão das negociações, onde estava sentado entre representantes do México e da Arábia Saudita.
A Rússia chama a guerra de "operação militar especial" para deteriorar os militares ucranianos e erradicar pessoas que classifica de nacionalistas perigosos.
A Ucrânia e seus apoiadores ocidentais dizem que a Rússia está engajada em uma apropriação de terras no estilo imperial, sem justificativa para invasão.
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