BofA reitera 'overweight' em Brasil na América Latina, mas vê exterior desafiador
Estrategistas do Bank of America reiteraram nesta segunda-feira classificação 'overweight' para Brasil em seu portfólio de América Latina, mas apontaram cenário global ainda desafiador, dada a alta inflação e menor crescimento econômico.
Em relatório enviado a clientes, eles citaram o Brasil à frente do mundo no ciclo de alta do juro e que a atividade econômica tem surpreendido positivamente, mas ponderaram que as preocupações fiscais e eleitorais estão crescendo.
Os profissionais escreveram que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos está atrasado em sua política monetária e que qualquer pausa no movimento de elevação dos juros em curso no país não deve durar muito.
Para a equipe do BofA, ações brasileiras têm potencial de crescimento de lucros neste ano, com avaliações relativamente atraentes. Na sua carteira, excluíram Multilaser de sua carteira, mas mantiveram aposta em papéis de empresas de consumo de alta renda, como Grupo Soma e Arezzo, além de Mercado Livre no e-commerce.
A fim de ganhar exposição ao tema de juros mais altos, aumentaram a alocação em chamados 'bond proxies'. A casa manteve Multiplan e adicionou Neoenergia. Nos setores protegidos pela inflação, excluíram Assaí. O BofA também sustentou grandes bancos como papéis defensivos.
"Investidores se preocupam com o ciclo de inadimplência, mas o crescimento da carteira de crédito + taxas mais altas + índices de cobertura robustos devem ser mais do que suficientes para financiar níveis mais altos de provisão."
Eles ainda mantiveram visão positiva para ações ligadas a determinadas commodities - 'overweight' em petróleo, alumínio e celulose. Para o minério de ferro, a classificação é 'neutra'.
Na América Latina, o BofA tem classificação 'levemente overweight' para ações da Colômbia, enquanto adotam um 'pequeno underweight' em México. Os estrategistas não têm exposição em papéis da Argentina, Chile e Peru.
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