Inflação ao produtor na China desafia aumento global e deixa espaço para estímulos

Publicado em 11/05/2022 08:36

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A inflação ao produtor na China desacelerou para mínima de um ano em abril, uma vez que os esforços de produção do Estado sustentaram a oferta e os lockdowns contra a Covid-19 esfriaram a demanda, dando às autoridades margem de manobra para mais estímulos.

Os preços ao consumidor subiram no ritmo mais rápido em cinco meses à medida que os lockdowns generalizados nas principais cidades atingiram o fornecimento de artigos domésticos, mas permaneceram relativamente benignos apesar do aumento dos custos globais das commodities, o que forçou os bancos centrais em outros países a aumentarem rapidamente as taxas de juros.

O índice de preços ao produtor subiu 8,0% em abril em relação ao ano anterior, disse a Agência Nacional de Estatísticas em um comunicado nesta quarta-feira, ante 8,3% em março, mas acima da taxa de 7,7% em pesquisa da Reuters.

"A inflação dos preços ao produtor continuará a cair nos próximos trimestres", disse Julian Evans-Pritchard, economista sênior da Capital Economics.

"Embora ainda haja uma grande incerteza causada pela guerra na Ucrânia, em geral pensamos que os preços globais das commodities terminarão o ano mais baixos."

O aumento mais lento dos preços ao produtor deveu-se a medidas governamentais para estabilizar os preços das commodities e aumentar a oferta, disse Dong Lijuan, autoridade da agência de estatísticas.

A agência estatal de planejamento da China pediu na terça-feira a estabilização dos preços da energia e aceleração na exploração e desenvolvimento de petróleo e gás.

Já os preços ao consumidor avançaram 2,1% em relação ao ano anterior, o ritmo mais rápido em cinco meses, em parte devido aos preços dos alimentos, acelerando ante avanço de 1,5% de março e acima das expectativas de um aumento de 1,8%.

Os preços dos alimentos subiram 1,9% sobre o ano anterior, em comparação com uma queda de 1,5% em março.

O crescimento anual dos preços ao consumidor permanece bem abaixo da meta anual do governo de 3% este ano, um sinal de que as pressões sobre os preços ao consumidor permanecem relativamente contidas.

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Fonte:
Reuters

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